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Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Cuiabá, assim como Mato Grosso e o Brasil, registra grande número de casos de hanseníase

A Secretaria de Saúde de Cuiabá (SMS), preocupada com a qualidade de saúde da população, vai intensificar ações de combate à hanseníase no intuito de reduzir casos da doença na Capital. Em Cuiabá, a prevalência da doença atualmente é de 8,9 para cada 10 mil habitantes, índice considerado alto para os parâmetros nacionais. Outro fator que alertou a SMS é o coeficiente de detecção da hanseníase, que é de 6,9 para cada 10 mil habitantes, que classifica a cidade como hiperendêmica.


Outros dados da Secretaria mostram que, de 2006 a 2008, houve 1.193 notificações. Analisando a série histórica da doença, de 2004 a 2008 foram 2.227 casos registrados. Entre os anos de 2006 e 2007 ocorreu um avanço na detecção de novas notificações, e em 2008 o número de casos foi reduzido.
Do total de notificações feitas nos três últimos anos, 58% dos casos foram do sexo masculino, sendo a faixa etária de 20 a 64 anos a que apresentou maior número de casos, e 42% do feminino. Dos 1.193 casos notificados nos três últimos anos, 1.068 casos notificados foram resultados de demanda espontânea, o que despertou a atenção da SMS, diante da possibilidade de estar ocorrendo a sub-notificação da doença. E isso foi um dos fatores que motivou o secretário Luiz Soares a criar a portaria de nº 004/2009, que visa intensificar as ações de combate à hanseníase.

Todos esses números, associados à busca da qualidade de assistência prestada aos usuários do Sistema Único de Saúde (SMS), fizeram com que o secretário assinasse ontem (23-01) a portaria de nº 004/2009, cujo objetivo é de promover ações de melhorias da qualidade da saúde da população de Cuiabá.

“Já demos o primeiro passo. Agora, é fazer a busca ativa desses pacientes, indo à casa do usuário do SUS, notificar, tratar e curar a doença”, disse Soares, durante a assinatura da portaria, que foi realizada na unidade do Programa Saúde da Família ( PSF) do bairro Novo Paraíso.

Para o representante Ong Associação Alemã de Assistência aos Hansenianos e Tuberculosos, Manfred Robert Gobel, a iniciativa da SMS “é muito boa, porque mostra que a secretaria está preocupada em reduzir o alto índice de prevalência da cidade”.

“Investir agora em capacitação, na identificação dos casos e no tratamento da doença vai fazer com que o quadro da hanseníase mude não somente na Capital, mas também em todo Estado”, disse o representante da Ong, que atua em outros sete estados: Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), São Paulo (SP), Mato Grosso do Sul (MS), Amazonas (AM), Roraima (RR) e Maranhão (MA).


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