Não é preciso andar muito para descobrir o que é arte em São Paulo. Claro que visitas aos grandes museus, como o de Arte Contemporânea ou Moderna, são imprescindíveis. Mas se você vai a São Paulo com pressa - como a própria cidade pede - em questão de horas é possível seguir pela avenida Paulista e sentir entre monumentos e grafites como a expressão artística da cidade se desenrola.

Como de praxe, comece pelo ponto zero. O emaranhado de asfalto que liga Paulista, Doutor Arnaldo e Rebouças esconde sob as vias a primeira parada - e uma das melhores para quem gosta de arte de rua.

É lá que está o grande painel em comemoração aos 100 anos da imigração japonesa. Em janeiro do ano passado surgiram 2,2 mil metros quadrados no que se transformou no maior mural da América Latina.

Bem próximo dali está a obra "Caminho", de Lílian Amaral, no encontro da avenida com a Angélica. E caminhando pelos quase três quilômetros da avenida, em ambos os lados existem diversos monumentos, como o "Anhanguera", do artista Luiz Brizzolara, instalado em frente ao parque Trianon desde a década de 20.

Para aprofundar ainda mais o passeio visite o Museu de Arte de São Paulo - MASP (no número 1578), as mostras do Centro Cultural FIESP (no 1313), as exposições do Itaú Cultural (Paulista, 149), a Caixa Cultural (na altura do 2083) e o Sesc SP (no 119).

O mais interessante da região da Paulista, entretanto, não é pontuar os muros e obras a serem vistas. Desacelerando entre os passos corridos da mais conhecida avenida de São Paulo você se surpreende e, sem sombra de dúvidas, traça seu próprio caminho pelos riscos e monumentos.