Os trabalhadores do turno da manhã da MWM Motores, fabricante de motores diesel instalada em São Paulo, aprovaram nesta quinta-feira (29) a proposta da empresa de cortar a jornada em 20% e os salários em 17,5%. De acordo com a companhia, à tarde e à noite haverão mais duas assembléias para os trabalhadores de cada turno votar. Se todos acatarem, as medidas entrarão em vigor em 1º de fevereiro.

A primeira assembléia foi realizada às 8h, com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, empresa e comissão de fábrica. Se colocada em prática, a medida valerá por três meses. Após esse período, os cerca de 2 mil trabalhadores têm o emprego assegurado por mais 45 dias.

A direção da MWM alegou ter verificado uma queda da produção de cerca de 40%. O presidente do sindicato, Miguel Torres, ressaltou que para a entidade abrir uma negociação e chegar a uma proposta de redução de jornada e salário, a empresa precisou comprovar que está passando por dificuldades.

Sabó

Ainda nesta quinta-feira, os cerca de 3 mil trabalhadores da autopeças Sabó, também em São Paulo, discutem em assembleia às 14 horas a proposta apresentada pela empresa de redução de salário e jornada.

Valeo Sistemas Automotivos

Na quarta-feira (28), acordo semelhante foi fechado pelos trabalhadores da Valeo Sistemas Automotivos que produz faróis e lanternas para veículos. Os cerca de 800 colaboradores aprovaram proposta de redução da jornada de trabalho com diminuição do salário. O acordo vale por 90 dias.

Em troca, os funcionários ganham a garantia de que seus empregos serão preservados pela diretoria da empresa por 135 dias - quatro meses e meio.