Para reverter o atual cenário de demissões, férias coletivas e queda na produção, os exportadores de frango apostam na conquista de novos mercados e no fortalecimento de pequenos países consumidores para voltar a crescer em 2009.

A meta da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef) é de aumentar em 5% o volume embarcado neste ano.

A expectativa é de que, a partir de abril, os negócios com o Exterior sejam retomados. Até lá, o presidente executivo da Abef, Francisco Turra, admite que 'o primeiro trimestre será complicado, de crise'. Na segunda-feira, a Federação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação no Estado anunciou que as demissões já atingem cerca de mil funcionários.

- As demissões são pontuais, estão ocorrendo de 90 dias para cá e podem continuar 90 dias para frente. Mas as empresas estão adotando férias coletivas para tentar demitir menos - afirma o presidente.

Entre os países que a Abef pretende conquistar estão Índia, China, Chile e México. Nas próximas semanas, Turra vai a Bruxelas, negociar a ampliação de contratos com a União Europeia. Outra estratégia é cultivar clientes pequenos, mas vigorosos, como Gana, Vietnã e Moldávia, que no último ano tiveram crescimento de 70%.

De janeiro a dezembro de 2008, as exportações de carne de frango totalizaram 3,6 milhões de toneladas, crescimento de 11% na comparação com 2007. O Rio Grande do Sul, como terceiro maior Estado produtor e exportador, enviou 775,6 mil toneladas, com receita de US$ 1,4 bilhão.