Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Agronegócios

Globo Rural destaca rusticidade do cavalo pantaneiro

A revista Globo Rural, que começa a ser distribuída neste final de semana em todo país, traz uma reportagem especial a respeito do cavalo pantaneiro, trçando um paralelo histórico entre a transição pela seleção natural de mais de 300 anos com a incorporação de tecnologias modernas.


A rusticidade do cavalo pantaneiro é destacada pela revista porque o animal "é conhecido por ser à prova d'água e...ser meio anfíbio, pois ele passa seis meses com as patas submersas". "Resistente, suporta outro tanto na seca brava, tempo de barro virar pedra. O aprimoramento genético vem transformando rapidamente aquele animal antes miudinho, cara de pangaré, em uma montaria maior, respeitando a herança secular", consta de trecho dsa reportagem.

Leia abaixo a íntegra disponibiizada, com cortesia, via internet, para o Olhar Direto

''O pai morava no fim de um lugar. / Aqui é lacuna de gente - ele falou: / Quase que só tem bicho andorinha e árvore."
(Manoel de Barros, o poeta do Pantanal)

Cristóvão Afonso da Silva é um pantaneiro de "corpo e alma". Bom de conversa, seu olhar evoca o silêncio das grandiosas comitivas que lentamente transportam o gado de uma a outra fazenda no pe-ríodo das cheias. Ao mesmo tempo, revela a inquietude de uma época de mudanças na criação do cavalo pantaneiro. Criador apaixonado da raça merecidamente eleita símbolo de Mato Grosso, ele testemunha a transição entre a seleção natural de mais de 300 anos com a incorporação de tecnologias modernas, enquanto o mercado salta as fronteiras do estado. Na mesma trilha, filhos dele e de outros fazendeiros, jovens de 23, 25 e 27 anos, estudam fora e retornam com ideias novas.

Cristóvão, um veterinário de 58 anos, todos eles passados no clima hostil do Pantanal nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, vive seis meses sob seca absoluta - no ano passado foram sete meses - e a outra metade do ano cercado de água. Ele faz a ponte entre a tradição do cavalo pantaneiro, sem o qual seria impossível a sobrevivência do homem naquela região inóspita, e "a saí-da da raça do Pantanal para o mundo", como diz o também dedicado criador Evandro Loureiro Bor-ba, adepto das inovações

O cavalo pantaneiro é conhecido por ser à prova d'água. Meio anfíbio, ele passa seis meses com as patas submersas. Resistente, suporta outro tanto na seca brava, tempo de barro virar pedra. O apri-moramento genético vem transformando rapidamente aquele animal antes miudinho, cara de panga-ré, em uma montaria maior, respeitando a herança secular. 

Diante do cenário, Cristóvão recomenda prudência e calma. Calma, por sinal, é a palavra síntese da existência no Pantanal e está colada ao destino de Cristóvão. Nas cheias, as águas sobem de mansinho, como o nado do jacaré - outro íco-ne da região -, e isolam a casa do veterinário do perímetro urbano de Poconé, MT, que fica a 20 qui-lômetros. "De todos os lados que olhamos é uma imensidão de água", diz. 

Pelo menos uma vez ao mês, Cristóvão monta a Pacha da Santa Tereza, uma valente égua de cinco anos, ou então a Delícia da Santa Tereza, égua dois anos mais velha, e vai à cidade em busca de mantimentos, comida ou remédio. Passo a passo, ele e o animal gastam sete, oito ou mais horas só para ir e a mesma quan-tidade de tempo no retorno.
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