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Terça-feira, 19 de março de 2024

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Pressionado, Lula terá de acomodar petistas sem emprego após eleições

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa 2009 sob pressão para acomodar no governo petistas que saíram das urnas derrotados ou acabaram seus mandatos e ficaram desempregados. A lista inclui os ex-prefeitos Fernando Pimentel (Belo Horizonte), João Paulo (Recife) e José de Filippi (Diadema), que conseguiram fazer seus sucessores, saíram fortalecidos das eleições municipais e têm pretensões eleitorais em 2010.

Com prestígio em alta e bom relacionamento com Lula, os três já articulam espaços que garantam que fiquem na vitrine pelos próximos dois anos.

Antes do Natal, o presidente esteve com Pimentel e convidou-o para uma conversa em janeiro, da qual também participarão João Paulo e Filippi.

O presidente tem demonstrado resistência em mudar ministros antes de abril de 2010 por dois motivos: não quer que nos dois últimos anos de seu governo os refletores saiam do gabinete presidencial e passem a ter como foco a atuação de eventuais novos ministros candidatos, e porque qualquer mudança para privilegiar petistas implicará problemas políticos com partidos que integram a base governista.

Ao mesmo tempo, Lula enfrenta pressões do PT para fortalecer os quadros do partido com vistas à disputa pelos governos estaduais e para oxigenar o governo em meio a um possível agravamento da crise econômica.

Para contornar problemas com aliados e ao mesmo tempo trazer políticos de sua confiança para perto do governo, a alternativa em discussão é transformá-los em coordenadores da campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à sucessão presidencial: João Paulo no Nordeste, Pimentel, em Minas, e Filippi no ABC Paulista.

A primeira opção pensada pelo Planalto era a de colocar Pimentel no Ministério do Turismo. Mas houve recuo porque a nomeação obrigaria Lula a acomodar os demais, incluindo a ex-ministra Marta Suplicy, que perdeu a eleição em São Paulo.

Outro fator que pesa contra a ida de Pimentel para a Esplanada dos Ministérios é que os ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Hélio Costa (Comunicações), e Luiz Dulci (Secretaria Geral) trabalham contra uma eventual nomeação. Patrus e Pimentel são pré-candidatos do PT ao governo de Minas Gerais, assim como Costa, pelo PMDB.

Com relação a Marta, interlocutores do presidente afirmaram que ele não tem planos para a ex-prefeita, o que dificulta qualquer movimentação no tabuleiro ministerial.

No caso de João Paulo, a Folha apurou que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), teria pedido a Lula que não o coloque em cargo de visibilidade. Campos teme que João Paulo se fortaleça para concorrer contra ele ao governo. A ideia é que o ex-prefeito dispute uma vaga ao Senado, mas o PT quer fazer dele o próximo governador.

José de Filippi foi tesoureiro da campanha de Lula à reeleição em 2006 e vem sendo inflado pelo PT como nome de peso da nova geração de candidatos em São Paulo. Filippi cresceu no partido e no conceito de Lula ao assumir a área mais sensível da campanha, logo após o escândalo do mensalão que abateu o tesoureiro do partido Delúbio Soares.

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