Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Informática & Tecnologia

Gene presente em macacos e humanos condiciona comportamento social, diz estudo

As variações genéticas no gene que transporta serotonina, crucial na regulação das emoções e presente em macacos e em humanos, modelam o comportamento social. A descoberta da Duke University (EUA), publicada na revista "PLoS One", pode contribuir para criar um novo modelo para estudar o autismo, o transtorno de ansiedade social e a esquizofrenia.


Os humanos e os macacos são os únicos membros da família primata que têm este traço genético, que influencia nos transtornos experimentados no âmbito das recompensas sociais. Para chegar a esta conclusão, os cientistas estudaram o comportamento e a ansiedade social em dois grupos de macacos que apresentavam variações no gene transportador da serotonina.

Eles já sabiam que existem duas versões do gene nos humanos: longa e curta, que podem se repetir no par de cromossomos ou aparecerem combinadas. Aquelas pessoas que têm um gene de cada tipo sofrem uma maior incidência do transtorno da ansiedade social e de outros comportamentos.

Na experiência com o macaco rhesus (divididos em dois grupos com gene longo e gene longo e gene longo e gene curto), a presença da versão curta do gene influenciou na hora de os animais correrem riscos quando enfrentavam um estímulo social: eles apresentavam um estado emocional medroso e eram reticentes a se arriscarem.

O primeiro teste consistiu em mostrar aos animais imagens de rostos de macacos conhecidos de diferentes status social (esta espécie vive em sociedades despóticas e usa comportamentos dominantes ou submissos para expressar sua categoria social).

Os primatas com uma cópia do gene curto dedicaram menos tempo a olhar as imagens, foram menos propensos a desenvolverem um comportamento social arriscado e a observarem aquelas imagens nas quais apareciam macacos de status alto.

Esses animais tiveram um maior diâmetro de pupila quando olhavam para os animais poderosos da comunidade, um sinal que indica uma alta excitação. Em outro teste, eles também escolhiam a opção segura de uma quantidade de suco ao invés de se arriscarem para conseguir uma porção maior.

Nos estudos realizados com humanos se observou que as pessoas com a versão curta do gene têm, com frequência, amígdalas cerebrais (que detectam as ameaças do ambiente) hiperativas.

Segundo os pesquisadores, a variação genética na serotonina contribui para moldar o comportamento dos macacos por meio das recompensas e dos castigos.

Como estas variações só ocorrem no ser humano e nos macacos, os cientistas propõem usar estes animais para estudar o que ocorre no cérebro das pessoas, algo que poderia lançar luz em transtornos como o autismo, a ansiedade social e a esquizofrenia.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet