Companhias da Alemanha parecem não estar planejando demissões em massa, informou um membro do conselho do departamento do trabalho do país em entrevista a jornal. Enquanto isso, o ministro do Trabalho, Olaf Scholz, informou que o desemprego ficará abaixo dos 4 milhões este ano.

As empresas estão tentando manter os funcionários por meio de carga horária reduzida, mecanismo legal que permite às companhias reduzirem as horas trabalhadas por até 18 meses, informou o membro do departamento do trabalho alemão Raimund Becker ao diário Berlinder Zeitung.

Perguntado se o departamento viu sinais de que as empresas estão planejando demissões em massa, Becker afirmou: "Não, felizmente tais sinais até agora não foram vistos em grande parte."

"O contrário é mais apropriado: as empresas estão tentando manter seu pessoal na crise", acrescentou ele na entrevista publicada neste sábado. "Os empregadores sabem, claro, que depois da crise precisarão de pessoal qualificado de novo."

A ThyssenKrupp, maior siderúrgica da Alemanha, informou na sexta-feira que não pode excluir o recurso das demissões. Importantes companhias alemãs até agora se mostraram resistentes a cortes de empregados diretos.

O número de desempregados na Alemanha subiu para 3,552 milhões em fevereiro, o que elevou a taxa de desemprego a 8,5 por cento.

Perguntado se o desemprego poderá ficar abaixo dos 4 milhões este ano, o ministro do Trabalho afirmou ao jornal Bild am Sonntag: "Podemos dizer isso."