Para 2009 está prevista uma queda na arrecadação do estado de R$ 1,1 bilhão em função da crise que afeta principalmente os setores de produção. O assessor econômico da Secretaria de Estado de Fazenda, Vivaldo Lopes, acredita que este ano requer cautela e será cheio de incertezas, mas aposta que o primeiro semestre será decisivo para economia do país. Período que ele denomina de purgação.

Vivaldo diz que nestes primeiros seis meses é que o mundo irá sentir como o mercado irá reagir com as intervenções dos governos Asiáticos, Europeu e Americano.

Outro fator decisivo será o anúncio da China sobre o quanto cresceu em 2008 e a previsão de crescimento para 2009. Estes dados são de suma importância para Mato Grosso, já que o mercado chinês representa 13% da exportação do Estado.

Vivaldo ainda destaca o que ele chama de “efeito Obama”. Existe toda uma expectativa em cima da administração do presidente Barack Obama e Lopes aposta que ele irá mexer com a alta estima do povo norte-americano e resgatar o sentimento de nacionalismo dos Estados Unidos.

O economista aposta ainda que Obama está preparando um pacote que irá restabelecer a economia norte-americana e consequentemente a do mundo. Para ele, o presidente americano está preparando um novo New Deal (pacato econômico apresentado pelo ex-presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, com o desafio de reerguer a economia do país após o crash de 1929).

Conforme já foi divulgado, Obama prepara um programa de estímulo que pode chegar até US$ 700 bilhões, além disso, o pacote que vem sendo planejado pelo presidente deverá garantir a geração de mais 4 milhões de empregos. Todas essas ações deverão ser implantadas ainda no primeiro semestre, período em que será analisada a reação da economia mundial. Os EUA são responsáveis por 26% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo.

De acordo com Vivaldo, todos esses fatos irão afetar diretamente a economia mato-grossense, já que é ainda no primeiro semestre que inicia o plantio da safra 2009/2010. Portanto, se o mercado mundial reagir bem e o crédito reaparecer para os produtores, é muito provável que a retração seja muito pequena, ainda assim, Vivaldo acredita que o Estado cresça na mesma proporção que os outros anos.