Olhar Direto

Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Notícias | Economia

Usiminas reduz previsão para produção de aço este ano

A Usiminas revisou para baixo sua expectativa de produção de aço bruto neste ano. Segundo o presidente da siderúrgica, Marco Antônio Castello Branco, a produção pode ser inferior a 7 milhões de toneladas, contra 8 milhões de toneladas produzidas no ano passado. "Vai depender muito do comportamento das exportações: o mercado está menos favorável do que há dois meses pela debilidade das vendas externas", afirmou hoje o executivo, em entrevista à imprensa sobre o reposicionamento da marca Usiminas. "Essa crise é diferente porque afeta simultaneamente Brasil e exterior, dificultando redimensionar as vendas entre os dois mercados", explicou. 


Com relação ao mercado doméstico, classificado por Castello Branco como "o maior ativo da Usiminas", a avaliação é de que não deve se recuperar tão cedo quanto o imaginado. "A queda na atividade industrial foi muito preocupante", disse. O executivo previu que "2009 será um ano muito ruim, com queda na demanda por aço e na produção". Segundo ele, é difícil dizer quando a relação entre a oferta e a demanda no mercado de aço voltará ao normal. "Tinha esperança de que fosse no segundo trimestre, mas agora penso que provavelmente será no quarto trimestre."

A Usiminas tem interesse em participar mais ativamente do mercado de construção civil, de olho nos incentivos do governo ao setor para casas populares. "A Usiminas não vai ficar parada e desenvolverá produtos para aproveitar esta oportunidade", afirmou Castello Branco.

Vendas

O executivo adiantou que as vendas da Usiminas no primeiro trimestre deste ano estão sendo piores do que as dos últimos três meses de 2008 porque "outubro foi um mês muito bom". Recentemente, a Usiminas informou esperar vendas entre 10% e 15% menores em 2009, comparativamente a igual intervalo de 2008. O executivo observou, também, não esperar novas quedas nos preços da commodity (matéria-prima) no Brasil e no exterior. "Acredito que já estamos perto do fundo do poço." Castello Branco ponderou, no entanto, que a crise abre oportunidades de crescimento. "A Usiminas, que estava na lanterninha, vai aproveitar essa parada do mercado para avançar", disse.

Segundo ele, o novo contexto econômico requer ajustes nos investimentos, na produção e na força de trabalho. Em janeiro e fevereiro, a siderúrgica demitiu 700 pessoas de um quadro de 30 mil funcionários. A empresa suspendeu a produção de três de seus cinco altos-fornos. "A Usiminas está fazendo ajustes, operando com 50% de sua capacidade instalada. Não tenho receita para trabalhar com o mesmo efetivo, mas vamos fazer isso (demissões) da forma mais justa possível", disse, acrescentando que tentará realocar mão de obra em projetos da companhia.

Nova marca

A Usiminas apresentou hoje, em São Paulo, a estratégia de reposicionamento de sua marca. Em vez dos R$ 30 milhões orçados inicialmente, a empresa destinará R$ 4 milhões para publicidade e reavaliação da marca, metade desse valor para um evento na capital paulista de promoção da nova identidade visual.

Todas as empresas do grupo - menos a J. Mendes, que foi incorporada à Usiminas e representa um negócio da siderúrgica - terão seu nome acompanhado da marca Usiminas em destaque. A logomarca será um ícone em "U", numa referência às panelas de aciaria, local da usina siderúrgica em que o ferro-gusa (ferro derretido) é transportado. "O reposicionamento visa ampliar a projeção da marca em âmbito global e consolidá-la nacionalmente. Queremos, também, que os produtos da Usiminas sejam percebidos como uma grife, distanciando-os do conceito de commodity", afirmou o presidente da empresa. A consultoria internacional Interbrand foi contratada para o projeto.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet