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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Cesta básica termina o ano 11% mais cara do que 2007, diz Procon

Pesquisa realizada pelo Procon-SP, em convênio com o Dieese, apontou que a cesta básica apresentou alta de 11,30% em 2008, na comparação com o ano anterior. O preço médio que, em 27 de de dezembro de 2007, era R$ 258,58, passou para R$ 287,80 em 26 de dezembro do ano passado.


Por grupos, foram constatadas as seguintes variações: alimentação: 9,78%; limpeza: 16,00%; e higiene pessoal, 20,43%.

Os três produtos que apresentaram as maiores altas no ano foram: sabão em barra (42,11%), arroz (36,60%) e sabonete (35,42%). As três maiores quedas foram: feijão carioquinha (-36,36%), batata kg. (-17,68%) e alho (-12,25%).

A pesquisa abrange 68 itens e foi realizada em 70 supermercados da cidade de São Paulo.

A variação do preço médio da cesta básica desde o Plano Real foi de 170,49%, com base no valor de 30 de junho de 1994, de R$ 106,40.

De acordo com análise do Procon, 2008 iniciou com a perspectiva de uma desaceleração no ritmo de alta dos alimentos, mas já se previa que o preço dos grãos (trigo, milho e soja) no mercado internacional seria um fator de pressão inflacionária.

Durante o primeiro semestre de 2008 os preços dos alimentos continuaram subindo. Além de todos os fatores iniciados no ano anterior, da produção do álcool nos EUA --que tem o milho como base-- e da crise de produção de trigo na Argentina, o grande vilão para os produtores foram os preços dos fertilizantes que elevaram muito os custos de produção. Aumentaram também os preços das sementes, tratores, máquinas e, até mesmo, da mão-de-obra.

O consumidor sentiu no bolso a pressão das carnes, cujos insumos de produção se valorizaram em ritmo crescente. O setor de carne bovina enfrentou, ainda, a escassez de animais para abate e o frango teve a demanda ampliada, por se tornar uma alternativa ao consumidor com a valorização das outras carnes.

O segundo semestre foi marcado pelas repercussões da crise financeira internacional. A valorização do dólar em relação ao real poderia beneficiar o setor exportador, no entanto houve uma redução do nível de demanda global em todos os países e para todos os produtos, derrubando os preços das commodities. Para o Procon, a queda interrompeu, de certa forma, o ciclo de alta dos alimentos, mas ainda não chegou a ser um alívio total para os consumidores, que continuam sentindo os efeitos da alta dos preços de itens de grande peso na cesta básica.
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