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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Educação

Vestibulando é hospitalizado na véspera da Fuvest e só sai para fazer provas

Aprovado três vezes no vestibular da Universidade de São Paulo (USP), Evandro Francisco de Souza, 28 anos, não vai se esquecer da quarta vez em que prestou a Fuvest. Candidato neste ano a uma vaga em direito, ele teve uma convulsão e teve de ser hospitalizado no sábado (3), véspera do início da segunda fase. “Fiquei internado de sábado até hoje [terça] e só saí do hospital para fazer as provas.”


A causa do mal estar ainda não foi determinada, mas os médicos não descartam que tenha sido ansiedade. “Eu estava realmente ansioso. Na semana anterior às provas, eu lia, mas não conseguia me concentrar”, conta Evandro, que é formado em história e chegou a cursar um ano da Academia de Polícia Militar do Barro Branco e um ano de física, sempre na USP.

“No hospital, ele ficou conhecido como o ‘Garoto Fuvest’”, diz a mulher dele, Marcela Godoy, 35. “Nem dormimos na noite de sábado para domingo porque ele ficou fazendo uma bateria enorme de exames."

"Ele ficou bem confuso por algumas horas e, assim que recobrou completamente a consciência, a primeira coisa que perguntou ao médico foi se poderia fazer a prova no dia seguinte”, conta Marcela, bem-humorada. O movimento do braço esquerdo dele ficou um pouco comprometido e ainda não voltou ao normal. "Tive uma contratura no braço, mas, por sorte, sou destro."

Geografia
Da prova de geografia que fez nesta terça-feira (6), Evandro ia direto para casa. “Agora é só PlayStation”, diz, brincando. Sobre o exame, ele considera que foi bem. “Foi uma boa prova e quem acompanhou o noticiário deve ter feito com tranqüilidade. Não pedia nada de decoreba.” 

Na opinião de Renato Bastos, 25 anos, que presta economia e foi colega do Evandro no curso de história, a prova de geografia cobrou conteúdo muito específico. “Havia uma questão, por exemplo, sobre a entrada do gado no Nordeste, algo que exige além do ensino médio.”

“Duas questões trouxeram assuntos mais antigos, como Afeganistão e a relação da desintegração da União Soviética e a Ossétia do Sul. Uma questão abordou um assunto mais recente, que foi sobre a Raposa Serra do Sol”, diz Renato. 

Natália Ribeiro, 19 anos, candidata ao curso de letras, achou que a segunda fase foi mais tranquila do que a primeira porque as provas são específicas. No entanto, ela concorda que algumas questões pediam um conteúdo muito aprofundado. "Havia uma questão com dois mapas do Brasil que achei muito complicada."

Mesmo após três dias de provas, ela conta que nem chegou a se cansar muito. "Para quem fez um ano de cursinho, três dias não são nada."

Biologia
O candidato a uma vaga em educação física, Danilo Luz Rodrigues, 18 anos, achou a prova de biologia fácil. “Algumas questões eram praticamente ‘ligue os pontos’, como uma que pediu que fosse feito um gráfico com as taxas de fotossíntese”, diz.

Bruno Nelson Gatti Fagundes, 18 anos, que presta vestibular para farmácia bioquímica, também achou essa questão sobre fotossíntese fácil. “De um modo geral, a prova não estava difícil.”

A preocupação dele está mesmo na prova de física, que irá fazer nesta quarta-feira (7). “A prova de física costuma ser mais puxada e, se você erra uma conta, destrói a resolução da questão.”
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