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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Calor duplica problemas por picadas de insetos

No verão, duplica o número de problemas decorrentes de picadas de insetos, de acordo com especialistas. O calor e a umidade elevam a atividade desses animais e tornam mais rápido seu ciclo de vida.


O aquecimento global é outro fator que, segundo estudiosos, contribui para aumentar a presença de insetos.

A elevação da temperatura tem aumentado as populações de insetos mais ao sul, inclusive dos que transmitem doenças como a leishmaniose cutânea e a dengue. "Há favorecimento do ciclo biológico. Já existe [o mosquito] Aedes aegypti no Uruguai, na Argentina. No ano passado, constatamos presença do inseto em cemitérios de Buenos Aires, algo antes inimaginável", afirma o entomologista Anthony Erico Guimarães, do Instituto Oswaldo Cruz.

Áreas litorâneas e rurais, destinos comuns durante as férias, costumam concentrar insetos. O uso de repelentes cosméticos é indicado, mas só durante a estadia no local. "Não se recomenda usar repelentes por longos períodos. Se a pessoa vive em uma cidade com clima propício aos insetos, não há muito o que fazer", acrescenta Guimarães. Para ele, nem as telas protetoras ajudam muito na cidade. "O mosquito urbano se cria na casa, então as telas vão prendê-lo no interior do imóvel. No máximo, pode-se cobrir a cama com mosquiteiro."

Usar inseticidas em spray ou em pastilhas também ajuda. No entanto, os insetos podem adquirir resistência ao produto. "Deve-se variar a marca e usar o mínimo", diz o biólogo Odair Bueno, do Centro de Estudos de Insetos Sociais da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro.

Para a saúde, o ideal é aplicar o inseticida um ou dois dias antes de chegar à casa de praia ou de campo. Se isso for impossível, deve-se deixar as janelas abertas. "Deixar o ambiente arejado vai ajudar na dispersão do produto. Quando não há ar, aquela partícula cai --e ela deve circular no ambiente para se aderir onde se quer", diz o dermatologista José Hermenio Lima, professor da Universidade Federal do Paraná e pesquisador do Massachusetts General Hospital (EUA).

Alergia
Segundo Meire Parada, dermatologista da Unifesp, alergias a picadas de insetos são muito comuns na infância. Porém, diz Wilson Tartuce Aun, diretor da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), ocorre confusão na hora de identificar uma possível alergia. "Alguns insetos causam reação local em qualquer um. É comum achar que é alergia, mas é uma irritação", diz.

Uma forma de saber se o problema é alérgico é observar o grupo. Se vários membros da família sofreram reações parecidas, deve ser só uma reação local. Já a alergia pode trazer sintomas como coceira em outras partes do corpo e bolhas.

Picadas de vespas, abelhas e formigas em grande quantidade são mais perigosas do que os ataques dos mosquitos.
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