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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Rússia não retomará provisão de gás se Kiev não revogar sua declaração

O presidente russo, Dmitri Medvedev, ordenou ao Governo que não retome o fornecimento de gás à Europa através da Ucrânia até que este país revogue a declaração unilateral que acrescentou a sua assinatura do protocolo sobre a supervisão internacional do trânsito de combustível.


Medvedev fez esta declaração no domingo, depois que o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, assegurasse a ele que a declaração ucraniana "contém afirmações falsas de que a Ucrânia não desviou o gás russo destinado à Europa" e que "a metade de seus pedidos se contradizem" com o documento assinado previamente por Rússia e União Européia (UE).

O chefe do Kremlin ressaltou que as "reservas" colocadas por Kiev ao protocolo trilateral são "inadmissíveis" e representam "uma burla e uma violação dos acordos alcançados anteriormente" entre a UE, Rússia e Ucrânia para retomar a provisão de gás russo à Europa por território ucraniano.

O líder russo insistiu nesta postura apesar de que o primeiro-ministro tcheco e presidente rotativo da UE, Mirek Topolanek, assegurou esta mesma noite ao chefe do Governo russo, Vladimir Putin, que a declaração unilateral ucraniana não é parte do protocolo, não muda seu conteúdo e só expressa a avaliação particular da situação por parte de Kiev, segundo a rádio "Eco de Moscou".

Medvedev ordenou a Lavrov que se ponha em contato com os países do bloco para exigir-lhes que pressionem Kiev a fim de que renuncie a sua declaração e ressaltou que a Rússia não aplicará o protocolo sobre o reatamento do trânsito do gás até que Kiev não revogue seu comentário ao documento trilateral.

O consórcio russo Gazprom denunciou por sua parte que a Ucrânia em sua declaração exige que a Rússia lhe conceda de graça 21 milhões de metros cúbicos de gás diários para garantir o trânsito do carburante à Europa e manter a pressão nos gasodutos, quando segundo os contratos vigentes deve empregar para isso reservas próprias ou bem comprar essa quantidade de carburante para a Rússia ou para outros fornecedores.

O acordo assinado por Rússia, Ucrânia e UE prevê o desdobramento de equipes de monitores russos, ucranianos e europeus nas estações de bombeamento de ambos os países para confirmar a entrada de carburante nos gasodutos da Ucrânia e sua saída em direção à Europa. EFE

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