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Sábado, 20 de abril de 2024

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Tropas israelenses avançam sobre a Cidade de Gaza

As tropas israelenses avançaram neste domingo (11) sobre a principal cidade da Faixa de Gaza, onde foram reportados fortes confrontos. O primeiro-ministro Ehud Olmert disse que Israel estava próximo de atingir seus objetivos na Faixa de Gaza, mas continuará com a ofensiva contra o Hamas até quando for necessário.


"Israel está chegando perto de seus objetivos, mas é preciso ter mais paciência e determinação para atingí-los num nível que realmente mude a realidade da segurança no sul e permita que nossos cidadãos vivam com estabilidade por um longo período", disse Olmert ao dar início a uma reunião de gabinete em Jerusalém.

A respeito da resolução da ONU pedindo um cessar-fogo imediato, ele afirmou que apenas Israel pode decidir sobre a melhor maneira de proteger seus cidadãos.

Enquanto os dois lados guerream, ignorando os pedidos da comunidade internacional para pôr fim aos conflitos que já duram 16 dias, ao menos 815 palestinos morreram, dos quais 235 crianças e 93 mulheres e dezenas de outros civis, segundo o balanço mais recente divulgado pelo chefe dos serviços de urgência em Gaza, Mouawiya Hassanein. Do lado israelense, pelo menos 4 civis morreram atingidos por foguetes lançados pelo Hamas, e 10 militares morreram em combate em Gaza ou vítimas de disparos na fronteira. Ao menos 154 israelenses ficaram feridos, 123 deles sem gravidade.

Durante a noite, tamques israelenses adentraram nos bairros de Sheikh al-Ajlin. Confrontos intensos foram reportados em Zeitun, no sudeste da Cidade de Gaza, e em Sudaniyah, a noroeste. Segundo o Exército, aviões israelenses bombardearam cerca de 60 alvos durante a noite, atingindo depósitos de armas, destruindo túneis e uma mesquita que supostamente era usada para treinar militantes e estocar armamentos.

Médico palestinos disseram que ao menos quatro palestinos foram mortos e dezenas ficaram feridas na manhã deste domingo. Segundo agências, o Hamas e seus aliados lançaram três foguetes em Israel, sem causar danos ou feridos.

Neste sábado, a Força Aérea israelense anunciou a morte do comandante do Hamas responsável pelo lançamento de foguetes na direção de Israel, Amir Mansi. Segundo Israel, Mansi apontou e atirou dezenas de foguetes na direção de Israel, matando e ferindo civis.

Aviso

A força aérea israelense lançou neste sábado milhares de panfletos na cidade de Gaza avisando que intensificaria suas operações no território palestino. "O Exército intensificará suas operações contra os túneis, os arsenais e os terroristas em toda a Faixa de Gaza", diz o texto, escrito em árabe.

"Para a segurança de vocês e a segurança de suas famílias, pedimos que não se aproximem dos terroristas, dos arsenais e das armas", acrescenta.

A mesma mensagem foi enviada aos telefones celulares dos habitantes de Gaza. O Exército confirmou em um comunicado ter lançado panfletos, sem precisar o conteúdo da mensagem.

Sem prazos

A chanceler israelense, Tzipi Livni, se negou a estabelecer prazos para o fim dos ataques israelenses, afirmando que Israel precisa de qualquer forma alcançar seus objetivos, em entrevista publicada neste sábado (10).

"Não estamos tentando reocupar a Faixa de Gaza. Mas precisamos ver se alcançamos nossos objetivos", disse Livni ao jornal "The Washington Post".

Sobre se os ataques terão terminado quando o novo presidente americano, Barack Obama, assumir o poder, em 20 de janeiro, Livni disse que "quanto menor for o período de combates, melhor para Israel".

"Mas afinal de contas é uma guerra contra o terrorismo", afirmou. "Não pedimos à comunidade internacional que lute conosco. Pedimos que nos dê compreensão e tempo", acrescentou. "Quando terminarem os ataques, Israel terá de estar seguro de que o Hamas não vai se rearmar", disse a chanceler.

"Para ter esta certeza, é preciso enfrentar o tema da chegada de mísseis do Irã para o grupo palestino Hamas e a segurança na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito", afirmou.

Situação humanitária grave

A situação humanitária é grave em Gaza, segundo testemunhas, a agência da ONU que cuida dos refugiados palestinos e organizações não-governamentais que atuam na área.

O serviço médico palestino estima que cerca de um terço dos mortos tenham menos de 16 anos.

A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) anunciou que vai retomar suas atividades de ajuda humanitária na Faixa de Gaza o mais rápido possivel, depois de ter recebido garantias de Israel de que seu pessoal será respeitado pelas tropas.

"A ONU recebeu garantias críveis de que a segurança de seu pessoal, instalações e operações humanitárias seria totalmente respeitada", disse em Nova York Michele Montas, porta-voz da entidade.

As atividades da agência estavam suspensas desde quinta-feira, depois que um ataque a um comboio que levava ajuda humanitária matou dois motoristas palestinos. A ONU atribuiu o ataque ao Exército de Israel.

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