O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que é necessária uma ação urgente para salvar a economia, e que seu pacote de estímulo de US$ 775 bilhões poderá criar até quatro milhões de empregos.
Obama, que vai assumir a Casa Branca em duas semanas, quer cortar impostos e criar empregos com o aumento dos gastos do governo em projetos públicos.
"Não é tarde demais para mudar a direção, mas só se adotarmos uma ação drástica e imediata", disse Obama.
A taxa de desemprego nos Estados Unidos chegou a 7,2% depois da perda de 534 mil empregos em dezembro passado.
Medo de recessão
No ano passado, foram perdidos 2,6 milhões de empregos nos Estados Unidos, o maior número desde a Segunda Guerra.
Os dados divulgados na sexta-feira aumentaram os temores de que o país estaria entrando em um longo período de recessão.
O presidente eleito publicou uma análise detalhada do plano de recuperação elaborado por seus assessores econômicos, que disseram que ele poderia gerar até quatro milhões de empregos até o fim de 2010.
Analistas estimam que a taxa de desemprego no fim de 2010 seria 1,8 pontos percentuais mais baixa se o plano for levado a cabo.
"Se nada for feito, economistas de todas as escolas nos dizem que esta recessão pode durar anos, e a taxa de desemprego pode chegar a dois dígitos."
"Eles alertam que nosso país pode perder sua vantagem competitiva que serviu como a fundação de nossa força e posição no mundo", disse Obama em seu comunicado semanal divulgado no YouTube.
Margem de erro
O relatório estima quantos empregos cada parte do plano poderá criar.
Mais de 40% dos novos empregos devem ir para as mulheres e 90% deles devem ser criados no setor privado.
Obama admite que as estimativas "estão sujeitas a significativa margem de erro". Isso porque as premissas nas quais elas se baseiam podem estar erradas e o pacote pode ser alterado quando passar pelo Congresso.
Senadores democratas já expressaram ceticismo em relação a cortes de impostos levando ao crescimento e à criação de empregos.
Eles querem que seja gasto mais dinheiro em projetos de infra-estrutura e energia.