Várias medidas foram elencadas para a retomada das obras da Ferrovia Senador Vuolo (Ferronorte). Entre o quarteto de ações, elencado nesta manhã (16) no Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, está a necessidade de se reunir com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e com o Ministério do Meio Ambiente para esclarecer as questões ambientais que travam o projeto,antes de qualquer cobrança a União.

Outra ação listada é a contratação de um estudo por parte do governo, ou da Federação das Indústrias em Mato Grosso (Fiemt), para verificar a viabilidade do trecho Cuiabá-Rondonópolis para garantir que a concessionárias poderá fazer o projeto no futuro. Em caso negativo será necessário partir para etapa “que seria a construção desse trecho com recursos do próprio orçamento geral da União”, ratificou o governador Blairo Maggi (PR), exaltando a importância do trecho.

A Ferronorte já possui 500 quilômetros entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ela é responsável   pelo transporte de quase 50% da produção do Estado e 20% do que é exportado pelo Porto de Santos. Apesar de a  América Latina logística (ALL), empresa concessionária da ferrovia, ter assinado um aditivo junto  ministro dos Transportes, Alfredo Pereira do Nascimento, garantindo a retomada das obras no segundo semestre de 2008, isso não aconteceu e o projeto para ampliação da ferrovia está paralisado há quase 10 anos.

De acordo com o aditivo assinado, a empresa tem R$ 700 milhões disponívei,s através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que devem ser aplicados por meio de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) responsável pela construção da obra. Contudo, a empresa alega problemas com o Ibama, que dependem de uma aproximação com Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente, que já se estranhou algumas vezes com o governador Blario Maggi.

Entre os "imbróglios" com o Ibama, está a resposta de documentos apresentados ao instituto e já deveriam ter um retorno em dezembro de 2008.

Como o Olhar Direto informou anteriormente, o fórum também pede que verbas do PAC de Cuiabá sejam destinadas a obra. Os trechos mais longos da ferrovia já foram incluídos como a ligação de Goiás até Vilhena, a ligação de Santa Fé do Sul até Porto Murtinho.