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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Cruz Vermelha internacional critica Israel por atrasar ajuda a feridos

A Cruz Vermelha Internacional acusou forças israelenses por não socorrerem palestinos feridos e classificou como "inaceitáveis" atrasos para permitir que trabalhadores humanitários cheguem à Faixa de Gaza, onde quatro crianças pequenas foram encontradas vivas hoje próximas do corpo de suas mães. Funcionários encarregados dos resgates foram proibidos por dias de entrar no bairro Zaytun, na Cidade de Gaza, segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). "A entidade considera o atraso na permissão do acesso dos serviços de resgate inaceitável."


O chefe da delegação da entidade para a região, Pierre Wettach, descreveu o fato como "chocante". "O Exército de Israel devia estar ciente da situação, porém não auxiliou os feridos", afirmou ele, em comunicado. "Eles nem tornaram possível para nós ou para o Crescente Vermelho Palestino socorrer os feridos." Os funcionários humanitários conseguiram permissão para entrar no local apenas ontem, quatro dias depois do início da invasão israelense por terra. Eles encontraram 15 mortos e 18 feridos em três residências, além de crianças tão fracas que não conseguiam se manter em pé.


Segundo o CICV, pedidos para visitar outras áreas destruídas também foram negados pelo Exército israelense. "O CICV acredita que nesse ponto os militares israelenses não cumpriram sua obrigação de acordo com a lei humanitária internacional para cuidar dos desabrigados e feridos", afirmou o grupo em comunicado. A ofensiva israelense na região, iniciada em 27 de dezembro, já deixou ao menos 704 mortos, segundo médicos palestinos.


Funcionários israelenses disseram que os atrasos ocorreram porque ainda havia confrontos na área. O embaixador de Israel em Genebra, Aharon Leshno-Yaar, negou que o país tenha fracassado no cumprimento de suas obrigações internacionais. Ele afirmou que assim que a atividade militar cessou, houve a permissão para a entrada dos trabalhadores humanitários.


Ataque a comboio


A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que forças israelenses dispararam contra um caminhão hoje, durante uma missão para levar auxílio humanitário à população da Faixa de Gaza. O ataque matou o motorista do veículo. O comboio era da própria ONU e a vítima, um palestino, segundo o site da emissora Al-Jazira, que atribui as informações a funcionários do órgão internacional. O ataque ocorreu enquanto os veículos seguiam para a passagem de Erez, onde seriam abastecidos com suprimentos, durante o cessar-fogo de três horas de hoje.
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