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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Mundo

Raúl frustra cubanos sobre expectativa de mudanças

A transferência do poder de Fidel Castro para seu irmão Raúl, a partir de julho de 2006, gerou expectativas em Cuba. No plano econômico, Raúl era tido como mais pragmático que o irmão, e supostamente partidário de uma transição do socialismo para um capitalismo de Estado como na China. Teria sido ele quem convenceu Fidel a autorizar alguma atividade privada no início dos anos 90. Passados dois anos e meio, essas esperanças foram frustradas por falta de mudanças concretas.


Quanto aos últimos discursos de Raúl, eles parecem apontar não para a abertura, mas para o recrudescimento. A reputação de modernizador de Raúl foi confirmada por um discurso que ele proferiu no dia 26 de julho de 2007, no 54º aniversário do assalto ao Quartel Moncada, que marcou o início da luta armada. “Somos conscientes de que, em meio às extremas dificuldades que enfrentamos, o salário ainda é claramente insuficiente para satisfazer todas as necessidades”, reconheceu Raúl, numa prova rara de contato de um dirigente cubano com a realidade.

Dois economistas, que pediram para não serem identificados, disseram que a única mudança foi uma tímida liberalização da propriedade da terra, que permite aos agricultores arrendarem-na por certos períodos, sem direito de passá-la de herança para filhos. “Que agricultor vai querer investir todos os seus recursos e sua saúde, nessas condições?”, questiona um especialista em economia agrícola. Em Cuba, 90% das terras pertencem ao Estado. Do restante, cerca de 5% são de cooperativas. Os outros 5% estão nas mãos de indivíduos. Esses 10% não-estatais respondem por 60% da produção agrícola do país.
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