Durante cinco anos, a ginecologista Denise Monteiro acompanhou 403 adolescentes, que estavam no início da atividade sexual. O resultado do estudo mostrou que uma em cada quatro jovens estava contaminada pelo HPV, o vírus de uma doença sexualmente transmissível que pode levar ao câncer de colo do útero.
“A adolescente é mais vulnerável a qualquer doença sexualmente transmissível, não só ao HPV”, afirma Denise. “É importante que se faça o exame preventivo, porque assim se consegue detectar lesões pré-cancerosas que são tratáveis e podem jamais se converter num câncer de colo de útero.”
A pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz mostra também que a maioria das adolescentes já ouviu falar sobre o HPV. Muitas sabem que o vírus é transmitido durante a relação sexual.
O ideal é que as mães orientam mais suas filhas. A recepcionista Fátima Teixeira descobriu bem cedo como deixar a filha bem à vontade. “Temos que ser mais aberta com as filhas, esquecer a forma como fomos criadas. Temos que acompanhar o mundo como ele está hoje”, diz ela.
O câncer de colo do útero é o segundo mais comum entre as mulheres em todo o mundo. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, a cada ano, surgem 510 mil novos casos no Brasil.