Depois de reduzir a produção de veículos em 47,1% em dezembro passado, de acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as montadoras continuam freando as linhas de montagem no começo deste ano, por meio da redução de jornadas de trabalho e da ampliação das férias coletivas dos operários.

A GM, por exemplo, anunciou nesta semana que estenderá as férias coletivas em todas as suas unidades no país. Na fábrica de São Caetano do Sul, SP, 6 000 operários encontram-se em recesso desde 13 de dezembro e retomarão as atividades somente no próximo dia 19, como forma de “reduzir os estoques nos pátios e adequar a produção”, informou a assessoria da montadora.

Por motivo semelhante, os 5 200 operários que retornaram de férias nessa segunda-feira (5) na unidade de Gravataí, RS, terão novo período de recesso entre os dias 26 de janeiro e 9 de fevereiro. Na planta de São José dos Campos, SP, 500 funcionários parados desde 24 de dezembro tiveram o retorno adiado para o próximo dia 12, “por uma necessidade de ajuste técnico das linhas de montagem”, informou a montadora.

Medidas de redução da produção também foram tomadas pelas francesas Renault e PSA Peugeot Citroën. A Renault anunciou nessa semana a suspensão por cinco meses dos contratos de mil trabalhadores da fábrica de São José dos Pinhais, PR.

Durante esse período, os funcionários receberão remuneração equivalente ao salário, vinda em parte dos recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e em parte da própria montadora. A PSA Peugeot Citroën, por sua vez, concedeu licença remunerada até março a 700 funcionários da fábrica de Porto Real, RJ.