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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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ESTRELA NO BANCO

Maradona estreia como técnico da Argentina em competições oficiais

Fazia tempo que as filas por ingressos no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, não eram tão grandes. Elas chegaram ontem a oito quarteirões, e não por menos: a Argentina vive a agitação da estreia oficial de Diego Armando Maradona como técnico da seleção nacional de futebol.


Cerca de 45 mil pessoas devem acompanhar hoje, no campo do River Plate, a partir das 19h10, a partida entre Argentina e Venezuela, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. Ontem, torcedores esgotaram as 13 mil entradas populares, cada uma a R$ 21, em menos de sete horas --os mesmos ingressos já eram ofertados na internet pelo triplo do preço.

A venda de entradas começara na última terça-feira, com setores mais caros (até R$ 170) que se esgotavam dia a dia.

A febre gerou pernoite de torcedores na fila e resultou em uma arrecadação que superou US$ 1 milhão, recorde em jogos da seleção argentina.

Confrontado com a expectativa da "hinchada" (torcida) argentina, Maradona transferiu a responsabilidade aos jogadores. Disse estar "muito tranquilo" e que "com euforia não se ganha". "Eles [jogadores] terão que contagiar o público."

Querendo ou não, o "dez" tem o peso da história nas costas. Desde 1985, os seis técnicos da Argentina que estrearam oficialmente em eliminatórias venceram seus adversários, e a equipe "albiceleste" nunca perdeu para a Venezuela no classificatório do Mundial --soma um total de 15 vitórias, com 62 gols a favor e oito contra.

E, após muito confete e duas vitórias em amistosos --uma delas o convincente 2 a 0 sobre a França em fevereiro--, a Argentina da era Maradona encara a realidade dura das eliminatórias. A equipe está em terceiro lugar no torneio e vem de uma derrota de 1 a 0 para o Chile, que motivou a queda do técnico anterior, Alfio Basile.

Maradona não confirmou esquema nem equipe para a partida. A imprensa argentina dava como certa a escalação, no ataque, do trio "estelar" Tevez-Aguero-Messi.

O treinador também minimizou a saída do meio-campista Riquelme, do Boca Juniors, com quem teve desentendimentos que levaram à renúncia do jogador à seleção argentina.

"Não teremos esse último passe, mas não creio que precisemos de um organizador", declarou o técnico.

Para ele, o atual elenco representa "75% a 80%" dos jogadores que a Argentina, se classificada, levará à África do Sul para a disputa da Copa.

Maradona também ironizou Pelé, que recentemente voltou a dizer que Diego é um "mau exemplo" em razão de seu vício em drogas no passado.

"Ele debutou com um garoto, assim que não sei o que é um bom exemplo", afirmou o ídolo argentino, em alusão à história da perda de virgindade do brasileiro com um travesti, junto do time em que jogava na adolescência, em Bauru (SP).


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