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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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TRAGÉDIA NA ÁSIA

Rompimento de dique na Indonésia deixa ao menos 77 mortos

Ao menos 77 pessoas morreram após a ruptura de uma represa nos arredores de Jacarta (capital da Indonésia), segundo as autoridades do país. A inundação ocorreu na madrugada desta quinta-feira (26) no bairro residencial de Cirendeu (sul da capital), por volta das 2h (16h de quinta em Brasília), com o rompimento de um dique após várias horas de chuvas.


Cerca de 100 pessoas estão desaparecidas. Soldados do Exército e policiais fazem buscas em meio a lama e escombros, mas, segundo fontes ouvidas pela agência de notícias Associated Press (AP), são poucas as chances de se encontrar vivos entre os desaparecidos.

"Já retiramos quase todos os sobreviventes de suas casas", disse o porta-voz da NDCA (Agência Nacional de Coordenação contra Desastres, na sigla em inglês), Priyadi Kardono. "Nossa preocupação é de que a maior parte dos cerca de 100 que estão desaparecidos possam estar mortos."

Centenas de pessoas estão abrigadas na Universidade Muhammadiyah, para onde também foram levados corpos, que ficaram alinhados sob tendas. Quatro hospitais de campo foram armados para atender mais de 180 feridos, alguns com ossos quebrados, outros com ferimentos na cabeça e cortes profundos pelo corpo, disse à AP o representante do governo local Rustam Pakaya.

A água alagou mais de 400 casas --metade das quais ficaram danificadas ou foram derrubadas-- além de várias empresas, cinco subestações elétricas e uma escola.

O dique, de dez metros de altura e construído ainda durante o domínio holandês, em 1933, continha cerca de dois milhões de metros cúbicos de água do rio Pesanggrahan.

Mulyani, 50, procura pela filha, Pungky Andela, 21. Segundo a AP, a mãe informou que Andela foi a um evento religioso em uma casa próxima ao dique na noite de quarta-feira e decidiu passar a noite lá devido às fortes chuvas de então.

O nível das águas em Cirendeu diminuiu hoje, e deixou ruas cobertas de lama. Carros foram arrastados por centenas de metros para canteiros centrais e praças; nas calçadas, além de escombros, viam-se objetos como panelas, fotografias, papéis, calçados e roupas, segundo a AP.

Sinais

Residentes da área atingida pelas águas da barragem disseram que o efeito foi o de um tsunami, segundo a AP. Eles acusaram as autoridades locais de ignorarem sinais de que a estrutura poderia ceder.

"Precisamos encontrar uma forma de cuidar melhor das barragens da época dos holandeses", disse à AP o ex-ministro das Obras Públicas Wahyu Hartono. "Senão, mais problemas como esse vão acontecer."

Aldi Rojadi, 34, que teve sua casa atingida pelas águas, disse que há anos havia avisos sobre vazamentos na barragem que cedeu. Outro morador da região, Rohmat, 30, disse, por sua vez, não acreditar que serão tomadas providências nem encontrados responsáveis. "Sempre que algo assim acontece, as autoridades jogam a culpa uns nos outros (...) O que podemos fazer? Nada. temos apenas que aceitar", disse, enquanto tentava retirar lama do chão de sua casa.



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