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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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DRIBLANDO A CRISE

Presidente da Vale diz que recuperação nas vendas afasta possibilidade de mais demissões

O presidente da Companhia Vale do Rio Doce (Vale), Roger Agnelli, disse ontem (27), na capital de Moçambique, que a empresa já começa a ver sinais de melhora nas vendas e que, em função da expectativa de um segundo semestre melhor, não pretende demitir mais trabalhadores

O presidente da Companhia Vale do Rio Doce (Vale), Roger Agnelli, disse ontem (27), na capital de Moçambique, que a empresa já começa a ver sinais de melhora nas vendas e que, em função da expectativa de um segundo semestre melhor, não pretende demitir mais trabalhadores.


Segundo ele, a empresa “pode agüentar um pouco mais” até a crise econômica financeira mundial passar. Agnelli participou do lançamento da pedra fundamental do projeto Carvão Matize, cujas obras estão sendo iniciadas na província de Tete.

Ele contestou as informações de que a empresa vem demitindo funcionários, uma vez que fechou o ano com um saldo líquido de contratações de cerca de cinco mil trabalhadores. No dia 22 de janeiro, a Agência Brasil divulgou que a Vale demitiu, em dezembro, 1,3 mil empregados em todo o mundo e concedeu férias coletivas para 5,5 mil funcionários. Na ocasião, Agnelli afirmou que não teria como garantir a permanência de todos os empregados até o fim do ano. “A Vale não demitiu em 2008, pelo contrário, fechou o ano com um saldo líquido de contratação de mais cinco mil trabalhadores. E eu espero que, em 2009, a gente venha também a contratar mais ainda”, afirmou o presidente da empresa.

Segundo Agnelli, a companhia continua investindo e crescendo, tem projetos para entrar em operação ainda este ano, o que exigirá a contratação de novos empregados ou o remanejamento de outros que atualmente estão em férias coletivas ou gozando de férias acumuladas.

Na avaliação do presidente da mineradora, quanto mais tempo a empresa conseguir manter seus empregados melhor para a companhia, embora admita que esteja ainda trabalhando em um nível de produção muito aquém de suas possibilidades.

Para ele, não adianta manter a produção ou abaixar os preços de seus produtos porque está faltando demanda. “E preço não se regula em um mercado onde não há demanda. A única forma de enfrentar uma crise como esta é se adequando à demanda”, observou.

Agnelli defendeu, inclusive, que as empresas como um todo, flexibilizem suas ações com relação aos funcionários porque, mesmo na crise, é ainda pior a situação de ter que demitir um funcionário, para ter que recontratá-lo daqui a dois ou três meses. “É um prejuízo enorme, tanto para a empresa como para o empregado”, disse.

Mesmo se dizendo otimista em relacão à possibilidade de que o setor siderúrgico como um todo comece a mostrar sinais de recuperação a partir do segundo semestre, Agnelli admitiu, no entanto, que, em caso de agravamento da situação econômica mundial - e de uma retração ainda maior da demanda pelos produtos – a Vale terá que demitir empregados para fazer ajustes internos.

“Não temos a intenção de demitir e estamos conseguindo isto já há sete meses. Podemos agüentar um pouco mais. Agora, se a crise realmente se aprofundar mais ainda outros ajustes terão que ser feitos.”

Neste caso, segundo ele, demissões poderão ocorrer. “É possível sim (que haja demissões), mas não é provável. Nós não estamos querendo demitir, não vamos demitir e estamos tocando nossas vidas quietinhos e sem problemas.”

Agnelli ressaltou ressaltou que o setor siderúrgico foi o primeiro a sentir os efeitos da crise financeira mundial. “Eu tenho uma visão otimista ainda em relação ao ano de 2009, pelo menos no nosso setor, que deverá ser também o primeiro a sair dela”.

O presidente da Vale informou que a empresa já vem vendendo mais para os chineses, com crescimento nas vendas de 30% nos meses de janeiro e fevereiro, um recorde na relação comercial com o país. Para os mercados brasileiro e europeu, porém, Agnelli afirmou que as vendas continuam ruins.

Ele disse que a Vale continuará avançando sua participação na África onde já atua em países como a Congo, Zâmbia, Namíbia, Angola, Guiné Bissau, Egito, Mauritânia e África do Sul.

“Nós continuaremos a avançar nossos investimentos na África porque achamos vantajoso. São mais de 250 mil quilômetros de área onde estamos explorando e onde continuaremos a expandir nossos investimentos”.



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