Centenas de seguidores de Varun Gandhi, neto de Indira Gandhi e candidato do partido hinduísta Bharatiya Janata Party (BJP), entraram em choque hoje com a Polícia depois que o político foi colocado sob custódia judicial devido às declarações antimuçulmanas que fez em um comício.

De acordo com uma fonte oficial, citada pela agência indiana "PTI", os simpatizantes de Varun Gandhi, que gritavam slogans em defesa de seu candidato, atiraram pedras contra vários veículos das forças de segurança.

Durante os tumultos, nos quais pelo menos cinco pessoas ficaram feridas, a Polícia agrediu os manifestantes com paus e disparou balas de borracha para dispersar a multidão.

Gandhi se entregou hoje voluntariamente perante o tribunal do município de Pilibhit, onde foi colocado sob custódia judicial até segunda-feira, quando deve haver uma audiência para examinar seu caso, de acordo com um membro de seu partido Kalraj Mishra, citado pela agência "Ians".

Os advogados do político apresentaram uma declaração na qual Gandhi, sobre quem pesam três acusações, se colocava à disposição das autoridades.

Varun Gandhi pronunciou este mês um polêmico discurso no qual ameaçou "cortar as mãos" dos que as levantarem "contra os hindus" e que lhe custou uma denúncia da Comissão Eleitoral.

Pouco antes de entrar nas dependências judiciais, Gandhi fez declarações à imprensa nas quais reiterou que estava sendo vítima de uma "conspiração" e assegurou que está preparado para "ir à prisão".

"Isto é uma conspiração na qual fui caçado. Tenho completa fé na lei e no sistema judiciário. Acredito em meus princípios e desejo lutar por eles. Estou preparado para ir à prisão", disse Gandhi, citado pelas agências indianas.

Pelo menos, 50 militantes do opositor BJP foram detidos após cortar as ruas e entrar em conflito com as forças de segurança desdobradas na zona.