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Sábado, 20 de abril de 2024

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SEM ESQUECER

Caminhada lembra os quatro anos da Chacina da Baixada Fluminense

Parentes e amigos de vítimas da violência no Rio de Janeiro realizam no fim da tarde de hoje (28) particicipam de uma caminhada e de uma missa pública para lembrar os quatro anos da Chacina da Baixada Fluminense. Durante o episódio, que aconteceu em março de 2005 nas ruas dos municípios de Nova Iguaçu e Queimados, um grupo de policiais matou 29 pessoas e deixou uma ferida. Entre os mortos, havia crianças, estudantes, comerciantes, desempregados e funcionários públicos.


Até agora, quatro policiais foram presos por envolvimento nos assassinatos, um foi absolvido das mortes e condenado por formação de quadrilha, mas já foi solto, e outro aguarda em liberdade o julgamento, também por formação de quadrilha.

Sem esquecer a dor da perda do filho Rafael Silva Couto, a coordenadora do Núcleo de Familiares e Amigos de Vítimas da Violência na Baixada, Luciene Silva, diz que a sociedade não pode apagar da memória cada caso de violência praticada por representantes do Poder Público.

“Esse é um caso emblemático, por isso aproveitamos a data para convocar toda a população do Rio para estar em alerta contra essas práticas. Não podemos esquecer o que aconteceu porque a cada dia vemos mais vítimas da violência. Ontem fui eu, amanhã será outro e não queremos que isso aconteça”, afirmou.

De acordo com ela, as comunidades carentes do estado são freqüentemente abordadas por alguns policiais com atos truculentos.

“Muitos policiais entram nas comunidades já com o pensamento de confronto e de prática de guerra, com a intenção de eliminar infratores e pessoas que para eles são semente do mal. É muito mais fácil eliminar o problema do que resolvê-lo”, disse.

A coordenadora do movimento elogiou a iniciativa do governo do Rio de promover o policiamento comunitário em alguns locais marcados por casos de violência, como as comunidades Santa Marta, na zona sul do Rio, e Cidade de Deus, na zona oeste da cidade.

A medida tem o objetivo de aproximar a polícia dos cidadãos, promovendo o policiamento por meio da interação dos agentes com os moradores para melhorar a qualidade de vida da população e inibir a criminalidade. Ela destacou, no entanto, que é preciso que essas ações venham acompanhadas da intensificação de políticas públicas voltadas especialmente para as áreas de educação, saúde e moradia.

“Para reverter essa situação é preciso haver, na base, investimentos sérios em políticas sociais, além da conscientização das autoridades da necessidade de se respeitar os direitos humanos em cada comunidade”, defendeu.

A mobilização deste sábado está marcada para as 18h30, na Praça Nossa Senhora da Conceição, em Queimados. Na próxima terça-feira (31), a partir das 7h30, será promovida uma nova caminhada pelas ruas onde houve a chacina, em Nova Iguaçu.

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