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Sábado, 20 de abril de 2024

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Novo secretário de Educação de SP é um dos criadores do Fundef e do Enem

O novo secretário da Educação de São Paulo, o economista e deputado federal Paulo Renato de Souza (PSDB-SP), é conhecido por ter criado o Fundef (Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental) durante sua gestão no Ministério da Educação. Ele assumirá a pasta no dia 15 de abril no lugar da professora Maria Helena Guimarães, que pediu para sair do cargo na noite de ontem (26).


O tucano --um dos fundadores do partido-- comandou o Ministério da Educação durante os oito anos da gestão do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB). No comando da pasta, foi um dos articuladores do Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) e do Saeb --exame que avalia, por amostragem, escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio. 

Foi também um dos criadores do programa Bolsa-Escola, que concede uma ajuda em dinheiro para famílias de alunos pobres matriculados na rede pública.

Paulo Renato já esteve à frente da Secretário da Educação do Estado entre os anos de 1984 a 1986, na gestão do então governador Franco Montoro. Antes, exerceu o cargo de reitor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) entre 1986 e 1990.

Escândalo

Em 2008, o ex-ministro da Educação foi citado no escândalo dos Cartões Corporativos, sob a suspeita de que teria usado recursos públicos por meio das "contas B" para pagar despesas pessoais --incluindo a hospedagem de sua atual mulher em hotéis do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A acusação foi feita pelo senador João Pedro (PT-AM), que disse ter encontrado documentos comprovando o pagamento de hospedagem a terceiros, serviços de transportes e gastos com alimentação ao analisar as caixas com documentos não sigilosos em poder da CPI dos Cartões Corporativos.

Na ocasião, Paulo Renato rebateu as acusações, e disse que, nos oito anos em que esteve no governo, não fez uso do dinheiro público para o pagamento de despesas pessoais.

Troca

De acordo com o Palácio dos Bandeirantes, Maria Helena Guimarães, deixou o cargo a pedido. Na tarde de quinta-feira (26), Guimarães esteve, ao lado do governador, durante a inauguração do espaço Catavento, no centro de São Paulo.

Neste mês, a secretaria foi duramente criticada por professores da rede estadual por causa de erros em 500 mil livros didáticos distribuídos pela pasta.

Um livro didático de geografia, usado por alunos da 6ª série do ensino fundamental nas escolas públicas, mostra o Paraguai duas vezes em um mapa da América do Sul e exclui o Equador. O problema aparece tanto nos livros destinados aos estudantes quanto nas publicações destinadas aos professores.

No dia 19, a secretaria informou que determinou à Fundação Vanzolini a troca das publicações com erros. De acordo com a secretaria, a instituição arcará com todos os custos da troca, incluindo a impressão e a distribuição.
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