A conta do Hospital Geral de Poconé está no vermelho e as instalações são precárias. O gasto mensal gira em torno de R$ 116 mil reais e a receita não passa dos R$ 90 mil. “Por mês fechamos com déficit de R$ 20 a 30 mil reais. A prefeitura de Poconé ajuda com cerca de R$ 30 mil, mas mesmo com essa ajuda, o dinheiro não é suficiente para suprir os gastos”, completa o diretor do hospital, Dito Pinto.

Após a audiência pública para discutir a situação dos hospitais privaos e filantrópicos de Mato Grosso que passam por uma crise sem precedentes, o deputado Guilherme Maluf foi visitar o hospital de Poconé e reconheceu que a unidade precisa de ajuda para superar a dificuldade financeira pela que passa.

“Os hospitais privados e filantrópicos de Mato Grosso estão em crise, mas parece que ninguém está percebendo que a cada dia novas unidades são fechadas. Precisamos reverter este quadro de decadência da saúde do Estado”, afirmou Maluf. Ele lembrou ainda que se o hospital for fechado além de prejudicar a população da região, que depende unicamente dessa unidade, também irá sobrecarregar o atendimento no Pronto Socorro de Cuiabá, que também enfrenta dificuldades para atender a demanda da Capital.

A Prefeitura de Poconé acompanha as dificuldades que o hospital está enfrentado e colabora com o pagamento da água, luz e com os salários dos médicos, além disso, ajuda ainda na aquisição de medicamentos.

O prefeito Clóvis Martins, preocupado com a situação do hospital, está buscando ajuda e como primeiro passo tenta sensibilizar a classe empresarial. O presidente da Cooperativa de Desenvolvimento dos Mineradores de Poconé (Cooper Poconé), André Molina, estuda o assunto junto com os demais cooperados para decidir de que forma ajudar.

O segundo passo é acionar os parlamentares para que possam viabilizar uma forma de conseguir recursos. Na Capital nenhum hospital particular atende mais pelo Sistema Único de Saúde (SUS), devido o atraso no repasse e a tabela defasada de preço.