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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Cúpula com países árabes cria saia-justa para Lula

A cúpula entre países árabes e sul-americanos terminou ontem em Doha, Catar, em meio a uma série de constrangimentos para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou o evento sem dizer se apoia ou não o indiciamento do presidente do Sudão, Omar al-Bashir, por crimes de guerra.

A cúpula entre países árabes e sul-americanos terminou ontem em Doha, Catar, em meio a uma série de constrangimentos para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou o evento sem dizer se apoia ou não o indiciamento do presidente do Sudão, Omar al-Bashir, por crimes de guerra. Lula abandonou um almoço oficial com mais de 30 líderes ao perceber que teria de sentar-se ao lado de Bashir.


O evento acabou marcado pela divisão entre os países sul-americanos em relação ao presidente sudanês, indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por apoiar milícias acusadas de massacres na região de Darfur que deixaram 300 mil mortos. A cúpula teve outro momento constrangedor: assim que Lula iniciou seu discurso, o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, levantou-se e abandonou Doha sem dar explicações.

Se Lula evitou Bashir, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, convidou o sudanês a visitar Caracas: “O TPI é um resquício do imperialismo”, disse. Os países árabes haviam adotado na segunda-feira uma resolução rejeitando o mandado de prisão contra Bashir. O passo seguinte seria buscar respaldo dos países sul-americanos. Mas Bashir não chegou a pedir apoio.

Ao chegar para o almoço oficial, o presidente brasileiro deu-se conta de que ficaria ao lado do sudanês. Como Bashir estava atrasado, Lula não perdeu tempo: saboreou apenas a entrada e, com a chegada do presidente do Sudão, levantou-se, cumprimentou-o e alegou que precisava sair para atender a uma ligação. Não voltou mais.

Oficialmente, o Itamaraty alega que Lula queria descansar para poder enfrentar as reuniões da tarde. Lula também evitou a imprensa - que só soube depois que o presidente havia deixado o centro de conferências. O Brasil ratificou o TPI, mas até hoje não se pronunciou sobre Bashir, pois quer apoio dos árabes para obter uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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