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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Cidades

Números de telefones vão indicar quem ligou para mulher morta pelo ex-marido

A Polícia Civil recebeu nesta terça-feira (31) os números dos telefones que ligaram para o aparelho de celular de Ana Cláudia Melo da Silva no dia 22 de março, segundo Marcos Carneiro, delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo.


Na noite deste dia, um domingo, a jovem de 18 anos foi morta com 14 facadas no apartamento em que morava, na Zona Sul de São Paulo, pelo ex-marido, o ex-jogador Janken Evangelista Ferraz, de 28 anos.

Na ocasião, depois do crime, Janken furtou o celular da ex-mulher para “vasculhar o aparelho” e assim saber com quem ela vinha se relacionando, segundo a delegada Flavia Maria Rocha Rollo, do DHPP. Depois da prisão, o aparelho foi entregue à polícia pelo acusado na quinta-feira (26) e depois foi encaminhado para ser periciado.

Segundo Marcos Carneiro, o aparelho estava com a bateria descarregada, o que dificultou a coleta das informações. “Não encontrávamos o carregador certo para o aparelho”, explicou. Com os números em mãos, o próximo passo, segundo o delegado, é fazer a identificação das pessoas que ligaram para ela no dia e horário aproximado do crime.

“A delegada (Flávia Rollo) vai querer saber quem são estas pessoas e deverá chamar para depor aquelas que interessar para a investigação. Com o depoimento delas, o objetivo é tentar mostrar ou chegar o mais perto possível do que teria acontecido naquele dia”, explicou Carneiro. O teor das mensagens de SMS, conhecidos como ‘torpedos’, que Ana Cláudia teria recebido em seu aparelho não foram divulgados pela polícia.

Denúncias

Nesta terça-feira, o advogado da família de Ana Cláudia, Ademar Gomes, enviou nota às redações na qual faz novas acusações a Janken Ferraz. Segundo ele, o ex-jogador também é suspeito de ter atropelado, quando pilotava uma motocicleta, no dia 24 de dezembro de 2000, quatro pessoas. Uma delas, um menino de 2 anos e 8 meses, teria morrido no acidente.

Segundo o advogado, o ex-jogador teria tentado matar a namorada. Na ocasião, ele apresentou documentos do irmão, que teria 16 anos e que, atualmente, estaria preso por homicídio na Bahia. Devido a isso, Janken teria conseguido evitar responder a um processo criminal.

Segundo Ademar Gomes, sua equipe teria solicitado na tarde de terça-feira a reabertura do inquérito policial contra Janken por falsidade ideológica, homicídio, lesões corporais culposas e omissão de socorro.

O advogado de defesa do ex-jogador, Tito Lívio Moreira, disse desconhecer a acusação contra o seu cliente. “Desconheço. Quando me contratou, ele me apresentou um atestado de antecedentes que, inclusive, foi juntado aos autos do processo. Neste documento, não tem nada contra ele”, disse Moreira.

Para o advogado, mesmo que se comprove que Janken cometeu outros crimes, eles não deverão ter interferência no inquérito que apura a morte de Ana Claúdia. “O caso é de 2000, me parece. Se é verídico, as autoridades da Bahia que têm de investigar e abrir um processo”, afirmou.
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