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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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jesus em cena

Dalla Vechia fala sobre a expectativa em viver Jesus no Auto da Paixão

O ator Carmo Dalla Vechia, que tornou-se conhecido nacionalmente vivendo o jornalista Zé Bob, personagem da novela A Favorita, da TV Globo, já está em Cuiabá ensaiando com os atores do espetáculo Auto da Paixão de Cristo. A peça estréia hoje (03), as 20hs.

Foto: marcos negrini

Dalla Vechia fala sobre a expectativa em viver Jesus no Auto da Paixão
O ator Carmo Dalla Vechia, que tornou-se conhecido nacionalmente vivendo o jornalista Zé Bob, personagem da novela  A Favorita, da TV Globo, já está em Cuiabá ensaiando com os atores do espetáculo Auto da Paixão de Cristo. A peça estréia nesta sexta-feira (03), a partir das 20h, no estacionamento do Ginásio Aecim Tocantins.

 
O evento é uma iniciativa do Governo do Estado, através da Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), e integra as comemorações da Páscoa em Mato Grosso.  Ele concedeu esta entrevista à Assessoria de Imprensa da Setecs  , em que fala de teatro e religiosidade. Confira.

Setecs
: O Auto da Paixão de Cristo é uma realização do Governo de Mato Grosso para levar cultura através do teatro à população. Como você vê esta iniciativa?

Carmo Dalla Vechia: Como ator e produtor de teatro acho que é muito importante oferecer às pessoas a oportunidade de acesso a espetáculos como este, dar a elas a possibilidade de se emocionar, de refletir, de trazer a religiosidade para suas vidas, enfim, de desfrutar de um espetáculo desta magnitude.

Setecs: É a segunda vez que você encena o Auto da Paixão de Cristo. Qual é a sua expectativa desta vez?

Carmo Dalla Vechia: Apesar de tratarem do mesmo tema, são espetáculos diferentes, contados de forma distinta. O simples fato de se contar essa história é um grande mérito. E se a gente conseguir fazer com que as pessoas questionem suas vidas, sua histórias, que pensem um pouco na idéia do humanismo que Jesus representa será muito bom. Se conseguirmos tratar o tema não só como um espetáculo que ocorre na Páscoa todo ano, que simboliza ovos de chocolate e o perdão de tudo, mas fazer com que as pessoas pensem sobre elas mesmas, sobre suas realidades, e pensem que a realidade de Jesus pode ser um pouco da realidade delas também será muito bacana.

Setecs
: Como é atuar a céu aberto? Quais as diferenças do teatro convencional?

Carmo Dalla Vechia: O áudio é o grande diferencial nesta encenação a céu aberto. O contato com o público é mais distante, as pessoas te vêem de forma mais distante. Não é como na TV, que tem o close. Esta não é uma peça que tem um naturalismo, pelo contrário, é um espetáculo muito grandioso, com um caráter épico, com movimentos largos, e que tem uma característica bem diferente, que é o fato dele ser crucificado.

Setecs: E os desafios?

Carmo Dalla Vechia: A história todo mundo já conhece, sabe exatamente o final, então o grande desafio é conseguir tocar o coração das pessoas, emocionar. Tive um professor que dizia que os mitos nunca poderiam ser interpretados, porque todo mundo tem uma imagem muito bem definida, uma idéia tão clara na cabeça, que ficaria impossível interpretar alguém como Jesus. Mas para mim, é uma alegria muito grande, uma sorte representar uma pessoa com um humanismo tão grande. Tem uma questão que se pode analisar na história de Jesus que é a de um roteiro muito bem elaborado.

Setecs: Como assim?

Carmo Dalla Vechia
: É a história da vida de alguém. Se fosse uma história escrita por outra pessoa já daria vontade de interpretar, porque é uma história genial. Independente do caráter religioso que existe nela, a história, em si, é genia, emociona muito, fala de uma pureza muito grande, de um espírito extremamente nobre, da pureza desse homem de ter acreditado que pudesse dar o seu corpo para conseguir fazer com que as pessoas tivessem paz no mundo. Isso é de uma pureza muito rara nos dias de hoje. E acho que todo mundo tem a semente dela dentro de si e há um reconhecimento das pessoas que assistem ao espetáculo por tudo aquilo que estão vendo.

Setecs: Você é religioso?

Carmo Dalla Vechia: Sou uma cara muito religioso. Sou dirigente budista há mais de 12 anos e dedico boa parte da minha existência ao desenvolvimento espiritual. Para a filosofia oriental, o universo ao seu redor é um reflexo daquilo que você carrega dentro de você. Acho que dentro da minha prática religiosa, e também como artista, procuro ter um olhar muito atento, um olhar de reflexão sobre as coisas que acontecem à minha volta.

Setecs: Você já conhecia Cuiabá?

Carmo Dalla Vechia: É a primeira vez que estou vindo a Cuiabá. Eu já conhecia a Sarah Monarcos (co-diretora do espetáculo) de algumas leituras de teatro que fizemos juntos no Rio de Janeiro. Quero conhecer a Chapada dos Guimarães. Disseram que é maravilhosa.
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