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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Família enterra mãe errada após troca de identidade em hospital

Duas famílias se envolveram em um drama provocado pelo registro errado de As duas mulheres foram internadas no pronto socorro da cidade, vítimas de derrame, e tiveram os nomes trocados.


Uma delas morreu e o hospital avisou à família errada, que providenciou o enterro. A outra paciente recebeu alta e foi levada pela família errada. A mulher melhorou, recobrou a consciência e não reconheceu as pessoas que a cercavam como seus parentes.

O reencontro das famílias foi um momento de emoção para o genro da aposentada dada como morta. O marceneiro Marcos Henrique foi sozinho ao encontro, porque a mulher dele não pôde ir ao encontro da mãe porque ficou em casa cuidando do filho, que nasceu no dia do enterro.

Alegria do marceneiro, tristeza da outra família.A balconista Luciana Caboclo, que acolhera a sogra de Marcos como se fora sua mãe, chorou muito ao saber da troca de pacientes.

Luciana agora quer saber a verdade. A pessoa enterrada seria mesmo sua mãe - Vilma - seria a sogra do marceneiro - Maria Rita - ou seria uma terceira pessoa? Ela e seus parentes vão à polícia pedir exumação do corpo e dar queixa contra o hospital.

Maria Rita está viva

No atestado de óbito consta o nome Maria Rita Alves dos Santos, que, na verdade, está viva. No entanto, no dia 29 de dezembro, a família de Maria Rita chorou a morte da aposentada. O genro Marcos contou que Maria Rita foi internada no dia 22 de dezembro no Pronto Socorro Geral de São Gonçalo, depois de sofrer um derrame. Uma semana depois a família recebeu a notícia da morte.

“A gente ia visitar, mas só pode ver uma vez, depois não podia mais. O hospital não deixava”, afirmou Marcos, sem entender porque não era permitido visitar a mãe de sua mulher, que acabara de ter nenê.

Ele conta ainda que, ao ver o corpo no caixão, teve certeza de que não era o da sogra Maria Rita, mas o hospital teria garantido que era ela e, em seguida, lhe entregrou o atestado de óbito.

“Quando chamaram, a gente olhou para o caixão e no s dissemos que não era ela, que estava diferente, mas o hospital disse que era por causa do derrame. Choramos muito, sofremos muito”, relembra o genro.

Vilma Maria é a suposta morta

Mas Maria Rita não havia morrido. Ela teve alta do hospital no dia 20 de março. O problema, segundo a família, é que durante todo o tempo ela foi tratada no hospital como se fosse outra paciente: Vilma Maria Cabloco Fernandes, que também foi vítima de um derrame.

Maria Rita, confundida com Vilma, teve alta e foi levada para a casa de Luciana Alves. ”Quando visitei, disse que não era minha mãe, mas a enfermeira brigou e disse que era, ainda falou: que vergonha, não reconhece a própria mãe! E disse que ela estava diferente por causa da doença. Ela era meio parecida e aí passei a acreditar que era a mãe mesmo”, explicou.

“A gente falava para ela que não era, que tava diferente, mas ela (a filha ) não queria acreditar que a mãe estava morta”, contou o marido de Luciana, Vinícius Alves.

A história só foi esclarecida quando Maria Rita melhorou e percebeu que não estava em casa. “Ela começou a dizer que não era minha mãe, que a filha dela tinha outro nome”, completou Luciana.

A família de Vilma agora diz que vai processar o hospital e quer saber se o corpo enterrado era mesmo o de Vilma, ou se ela pode estar desaparecida. E também vai pedir a exumação do corpo que foi enterrado como sendo o de Maria Rita, que está viva.

A filha de Vilma vai ainda nesta sexta-feira à delegacia em São Gonçalo registrar queixa, e abrir um processo contra o hospital, por causa da troca de identidades.

Prefeitura promete investigar

A produção do RJTV entrou em contato com a Secretaria de Saúde de São Gonçalo, e na quinta-feira (2), o subsecretário, Daniel da Silva, informou que, nos registros do pronto socorro, o nome de Maria Rita consta com entrada na unidade em dezembro, e que ela teria morrido meia hora depois da internação. E o de Vilma aparece como internada em fevereiro e sem data de liberação.

Nesta sexta, a Secretaria informou que abriu uma sindicância para apurar o que aconteceu, e que se for constatada negligência, os responsáveis serão punidos.
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