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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Inflação deverá ser menor para os mais pobres em 2009, diz FGV

A menor pressão dos alimentos vai fazer com que os mais pobres sintam menos os efeitos da inflação este ano, segundo o economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas), André Braz. Ele avaliou que pela primeira vez desde 2005, o IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1) acumulado em 12 meses deverá ficar abaixo do IPC-BR ao longo deste ano.


"A expectativa é que a inflação para a baixa renda seja menor do que a inflação medida para todas as classes. Os índices acumulados em 12 meses estão convergindo", afirmou Braz.

O IPC-C1 é calculado baseado nas despesas de consumo das famílias com renda entre 1 e 2,5 salário mínimos. O IPC-BR é a inflação medida pelas despesas de todas as classes de consumo.

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março, o IPC-C1 tem alta de 6,52%. Já o IPC-BR tem inflação de 6,32% no período. Desde o início da série, em 2004, a inflação da baixa renda não ficou abaixo da inflação para todos os consumidores, nessa avaliação.

O economista explicou que há espaço para recuos nos preços dos alimentos em 2009, pela menor demanda oriunda da crise global. Ele considerou normal a alta de 0,51% na inflação para as classes mais pobres em março. Segundo Braz, esse movimento já era esperado e foi influenciado pela subida nos preços de alimentos in natura, como verduras e frutas.

"Esses alimentos geralmente sobem nessa época, é questão de sazonalidade. É uma subida de preço insustentável, esses produtos carregam muita volatilidade. As taxas do IPC-C1 em março estão alinhadas com as que foram verificadas no mesmo mês, em anos anteriores", observou.

Os produtos "in natura" foram responsáveis por 78% da alta do IPC-C1. Ao mesmo tempo, outros produtos com peso relevante no índice recuaram em março. É o caso do arroz e do feijão, que juntos, tiveram deflação de 3,63%. Panificados e biscoitos acompanharam esse movimento, e caíram 0,67%, assim como a carne bovina (-1,63%).

André Braz comentou que a crise tem grande influência nos índices de inflação mais baixos, tendência para 2009. Ele lembrou que a demanda está comprometida em todo o mundo.

"É difícil dizer que a crise ajuda. Se por um lado diminui a inflação, por outro, tira empregos", destacou.

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