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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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matança contínua

Governo do Sri Lanka informa ter matado ao menos 44 rebeldes em dois dias

Tropas do Sri Lanka mataram ao menos 44 rebeldes da guerrilha Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) em duros combates nos dois últimos dias, durante a ofensiva do Exército na última área sob controle dos rebeldes, disseram os militares do país nesta sexta-feira.


A batalha, que busca encerrar 25 anos de conflitos, está concentrada em uma área de 21 km ² (equivalente a 13 vezes a área do parque Ibirapuera, em São Paulo) na costa nordeste da ilha, onde as forças oficiais cercaram os rebeldes, mantendo também dezenas de milhares de civis encurralados.

Nesta sexta-feira, comandos da polícia atacaram um grupo de Tâmeis, matando 13 rebeldes, informou o Exército. Os militares também disseram que tinham recuperado 31 corpos de rebeldes e 50 armas nesta quinta-feira (2). Não há formas independentes de confirmar as informações, e as agências internacionais não conseguiram entrar em contato com os Tigres Tâmeis. Outras fontes militares chegaram a informar que 45 rebeldes foram mortos apenas nesta sexta-feira.

Na última terça-feira (31), os Tigres acusaram a comunidade internacional e as Nações Unidas de adotarem um padrão duplo em relação ao conflito, ao dizerem que os rebeldes devem respeitar o direito humanitário ao mesmo tempo em que estariam ignorando os ataques contra civis que, segundo os Tigres, estão sendo feitos pelos militares do Sri Lanka.

As Nações Unidas, grupos de direitos humanos e alguns países acusaram a guerrilha de manter pessoas presas como escudos humanos, atirando naqueles que tentam fugir. Eles também acusam o governo de bombardear áreas habitadas por civis. Tanto o governo quanto os rebeldes desmentem as informações.

A ONU, os Estados Unidos e a Grã Bretanha têm pedido aos dois lados que façam uma "pausa humanitária" para que as pessoas retidas na zona de guerra possam fugir.

Os Tigres, que estão em listas de grupos terroristas dos EUA, da União Europeia e da Índia --país que tem uma minoria étnica tâmil, a mesma dos rebeldes, de 70 milhões de pessoas-- também acusaram a comunidade internacional de não pressionar por um cessar-fogo.

O presidente Mahinda Rajapaksa rejeitou novamente na terça-feira o apelo Tâmil por uma trégua como um estratagema para conseguir tempo a fim de se rearmar. Ele disse que a guerra vai continuar até que os Tigres se rendam ou sejam destruídos.

A guerrilha dos Tigres Tâmeis luta desde a década de 1980 por um Estado independente no norte e no leste do Sri Lanka, onde a etnia tâmil é majoritária, frente à cingalesa, que domina o resto do país. Após anos de combate, em que utilizou largamente ataques suicidas, a guerrilha assinou um acordo de paz com o governo o em 2002. A trégua, que não estava sendo plenamente respeitada pelos dois lados, foi oficialmente rompida pelo governo no início de 2008.

A guerrilha está sendo cercada em áreas cada vez menores desde o ano passado e, em janeiro deste ano, perdeu o controle de Kilinochi, cidade considerada a capital rebelde.

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