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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Terror, ameaça nuclear e pirataria testam eficácia da Otan

Em 1949, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) foi criada por 12 nações ocidentais como ferramenta para bloquear o avanço do bloco comunista liderado pela União Soviética. Neste sábado, exatos 60 anos depois, a aliança militar realiza cúpula para discutir como enfrentar as novas ameaças internacionais, sem rosto ou fronteira definida.


Em Baden-Baden (Alemanha), o presidente americano, Barack Obama, liderará uma "discussão substancial" sobre a revitalização da organização, um documento que descreverá como a organização deverá se portar diante das "ameaças do século 21" --o terrorismo, a proliferação nuclear e a pirataria.

O documento, contudo, é resultado de um movimento de modernização antigo. "Nos últimos 20 anos, a Otan fez um esforço de revitalização para lidar com as ameaças do século 21. Esforços no sentido de modernizar seus recursos tecnológicos, reorientar a missão, lidar com ameaças não tradicionais", diz a americana Margaret Kosal, codiretora do Programa de Não Proliferação Biológica e Química e Antiterrorismo do Centro de Estratégia, Tecnologia e Política Internacional (CISTP).

Para Kosal, a revisão estratégica da aliança militar é parte de um processo de renovação para que a Otan possa encontrar, 60 anos após sua criação e em um contexto completamente diferente da oposição capitalismo e socialismo da Guerra Fria, meios de continuar como componente vital de segurança "para combater as ameaças dos atores não estatais" --como os terroristas dos grupos radicais islâmicos refugiados no Afeganistão e no Paquistão ou os piratas somalis que sequestraram dezenas de navios nos últimos meses no golfo de Áden, em troca de recompensas milionárias.

Afeganistão

Popular na Europa, Obama é a atração central da cúpula e aproveita os flashes e abraços para trazer, pela primeira vez, seu apelo por maior apoio dos aliados à Guerra do Afeganistão, a primeira ação militar da aliança fora da Europa. Os EUA pressionam os parceiros a aumentar a contribuição em soldados, civis e dinheiro, mas os europeus se mostram resistentes em investir mais em um conflito que, oito anos depois, vive seu mais violento período.

Para Kosal, a nova estratégia de Obama para a "guerra ao terror" -que inclui US$ 1,5 bilhão anual em ajuda ao Paquistão e mais 21 mil soldados para o Afeganistão- permite aos EUA e a Otan focar em um "ponto crítico" da segurança internacional.
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