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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Mulher que teve identidade trocada faz exame de DNA

Depois de tanta confusão, será preciso provar que Dona Maria Rita Alves dos Santos, que ficou conhecida por causa da troca de identidade com outra mulher no pronto-socorro de São Gonçalo, na Região Metropolitana, é ela mesma.


Treze dias depois de deixar o hospital de São Gonçalo com a identidade trocada, ela voltou ao local para fazer um exame de DNA. O resultado sai na terça-feira (7). É para que não reste nenhuma dúvida sobre essa história difícil de acreditar. Josiane, a filha verdadeira, entrou em seguida e saiu emocionada.

“Tenho certeza de que é minha mãe, conheço minha mãe”, disse. 

Como foi a confusão

Maria Rita foi internada no dia 22 de dezembro no pronto-socorro geral de São Gonçalo, por causa de um derrame. Vilma Maria Cabloco Fernandes também estava no hospital, vítima do mesmo problema. Marcos Henrique, genro de Maria Rita, disse que oito dias depois o hospital informou que a sogra tinha morrido.

Na hora de reconhecer o corpo, ele contou que levou um susto.

“Eu disse que não era, que a pessoa de um dia para o outro não ficava daquele jeito. Eles teimaram que era. Diziam que a doença dela a fez ficar daquele jeito, que foi por causa do derrame”.

Drama na outra família

O atestado de óbito foi entregue à família, que providenciou o enterro errado. A família de Vilma também vivia um drama no hospital.

“A enfermeira falou: ‘Como não é sua mãe? Qual é o nome da sua mãe?’. Eu falei o nome dela todo. Ela disse: ‘Como uma filha não reconhece uma mãe’”, lembrou Luciana Fernandes, filha de Vilma.

Mesmo confusa, Luciana levou a mulher para casa. “Eu não sei, foi de tanto ela falar que era minha mãe, comecei a olhar o nariz, a pele e fiquei com isso na cabeça, de que era minha mãe”, explicou.

O genro, Vinícius Lourenço, percebeu que havia algo errado. “Sempre que tinha chance de ficar sozinho com a senhora Rita, eu fazia muitas perguntas para ela e anotava, perguntava do passado, onde nasceu, nome de pai, irmãos, filhos”, contou ele. Vinícius ainda tentou convencer Luciana. “Aquilo já tinha mexido com o psicológico dela”, explicou.

A confusão só foi desfeita quando Maria Rita, a mulher que Luciana acolheu com carinho durante 13 dias, recuperou a memória. Luciana acredita que a mãe tenha sido enterrada com o nome de Maria Rita. “Eu estou sofrendo muito”, chora Luciana.

Sindicância

O subsecretário de Saúde de São Gonçalo, Daniel da Silva Júnior, esteve ontem no hospital e disse que foi aberta uma sindicância para apurar o caso: “Precisamos saber como as pessoas vieram, reconheceram a família durante a internação, levaram para casa e agora dizem que não são aquelas pessoas. Estamos fazendo uma avaliação, uma comissão de inquérito para ver o que aconteceu. Se por ventura houve alguma falha, ela será punida dentro dos processos legais, pelo estatuto do funcionalismo público”.

A Dona Maria Rita já está em casa, com a filha verdadeira, Jociane. E a filha da Dona Vilma, Luciana, vai pedir a exumação do corpo que foi enterrado em dezembro. A família quer saber se Vilma foi sepultada com o nome de Maria Rita.

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