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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Fidel diz que texto de cúpula tem "conceitos inadmissíveis"

O líder cubano Fidel Castro considera que há muitos "conceitos inadmissíveis" na minuta de declaração da Cúpula das Américas que será realizada de 17 a 19 deste mês em Trinidad e Tobago, e para a qual o governo de Havana não foi convidado.


Em artigo divulgado neste domingo pela imprensa oficial com o título "Por que se exclui Cuba?", Fidel diz que recebeu esse documento do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, com quem se reuniu na sexta-feira, em Havana, e adverte que a cúpula "será uma prova de fogo para os povos do Caribe e da América Latina".

"É por acaso um retrocesso? Bloqueio e, além disso, exclusão após 50 anos de resistência? Quem carregará essas responsabilidades? Quem exige agora nossa exclusão? Acaso não se compreende que os tempos dos acordos excludentes contra nosso povo ficaram para trás?", pergunta Fidel.

"Haverá grandes reservas nessa declaração assinada por chefes de Estado para que se compreenda que, apesar das remodelações alcançadas em duras discussões, existem ideias que são para eles inaceitáveis", acrescenta.

Em aparente alusão às tentativas latino-americanas para conseguir uma aproximação de Washington e Havana, o artigo da série "Reflexões" diz que "Cuba sempre mostrou sua disposição nas novas circunstâncias em oferecer o máximo de cooperação às atividades diplomáticas".

"Mas não se pode nos pedir para guardar silêncio perante concessões desnecessárias e inadmissíveis", afirma Fidel.

"Essas cúpulas têm sua história e, certamemte, bastante tenebrosa. A primeira (1994) foi realizada em Miami, capital da contrarevolução, do bloqueio e da guerra suja contra Cuba (...). Foi convocada por Bill Clinton, eleito presidente dos Estados Unidos em novembro de 1992".

Lembra que, então, "a URSS tinha caído" e a ilha "estava em pleno período especial", eufemismo que os cubanos usam para a profunda depressão econômica após o fim dos subsídios do bloco soviético.

Segundo a coluna, a cúpula de Miami teve "um objetivo estratégico: o sonho imperialista de um acordo de livre-comércio do Canadá até a Patagônia".
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