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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Para Glauber Rocha, o cinema novo resgatou o cinema nacional

O cineasta Glauber Rocha (1939-1981) faz uma "revisão crítica do crítico que sou há 25 anos" no livro "Revolução do Cinema Novo" (Editora Cosac Naify), disponível no site da Livraria da Folha. O artista, que dirigiu filmes como "Deus e o Diabo na Terra do Sol", "Terra em Transe", "Barravento" e "O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro", faria 70 anos neste sábado, 14 de março de 2009.


Escrito na sequência de "Revisão Crítica do Cinema Brasileiro" , o volume "Revolução do Cinema Novo" também analisa "o movimento nascido em 1960 que resgatou o cinema brazyleyro de uma miséria econômica & cultural", segundo Glauber afirma no prefácio.

Lançado pela primeira vez em 1980, o livro é composto de artigos publicados ao longo de anos --e depois alterados--, transcrições de debates e entrevistas, memória afetiva, reflexões e notas biográficas de Glauber Rocha. Entre os artigos, está o célebre "Eztetyka da fome", primeira síntese sobre o cinema novo dirigida aos europeus, apresentado na Retrospectiva do Cinema Latino-Americano, em Gênova, em 1965.

Leia abaixo o prefácio que Glauber e escreveu para "Revolução do Cinema Novo":

Atenção: o texto reproduzido abaixo mantém a ortografia original do livro e não está atualizado de acordo com as regras do Novo Acordo Ortográfico. Conheça o livro "Escrevendo pela Nova Ortografia".

Este livro não é reedição de Revisão crítica do cinema brasileiro, que trata das raízes autorais do cinema novo: Humberto Mauro, Mário Peixoto, Alberto Cavalcanti, Lima Barreto, Nelson Pereira dos Santos, Trigueirinho Neto, Walter Hugo Khouri e outros cineastas independentes do fracasso da Vera Cruz em 1954 e do terrorismo chanchadyxtyku servil a Hollywood.

Em Revolução do cinema novo trato do movimento nascido em 1960 que resgatou o cinema brazyleyro de uma miséria econômica & cultural.

É a Heuztorya de uma geração de intelectuais (a minha) - dilacerada pelo cruel processo nacyonal.

Sofre o cinema novo uma guerra interna e externa que ameaça destruí-lo desde suas origens até hoje.

Internamente os vinte principais membros do movimento se dividem em revolucionários e conservadores.

Externamente o imperialismo tenta falir o desenvolvimento industrial gerado pela Embrafilme.

As "mil faces do cinema novo" desorientam os críticos nacionais (inter) que buscam a "coerência" típica das culturas ricas, desconhecendo a complexidade multirracial e econômica do Brazyl.

Este livro é visão dialética de matéria histórica virgem, relativizando-se pelas contradições de uma teoria metaforizada na prática utopyka de uma sociedade nova.

Quase todos cineastas do movimento escreverão suas memórias que serão tão diferentes na miséria e na grandeza quanto seus filmes construtores audiovisuais do Payz do Futuro no desejo do suicida Stefan Zweig.

O livro é também revisão crítica do crítico que sou há 25 anos.

Passo à prática transformadora tecendo o texto literofílmico dos anos vividos na paixão cinematograficanacional.

Para chegar a ser novo - o kynema precisa romper com as estruturas da kyneztyka dominante.

O "populismo comercial" deseja recuperar Hollywood na restauração das chanchadas pornoxykz.

O "vanguardismo revisionista" deseja obstaculizar o desafio das artes populares.

O "internacionalismo épico & didático & transconstrutivista" é a síntese neobarroka do Terceyro Modelo, ou Antymodelo - Ynvenção Polytyka da socyedade brazyleyra.

Celebrando os vinte anos do cinema novo - este livro não contém o clássico happy end do último capítulo.
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