A sucessão na Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) começa a ganhar contornos interessantes com o lançamento, nos bastidores, de várias candidaturas antes consideradas improváveis e até mesmo impensadas, dentre as quais do próprio presidente da instituição, Francisco Faiad, e de outros oito advogados de situação e de oposição à atual gestão.
 
Detalhe: o grupo de Faiad, hegemônico na Ordem há mais de uma década, está visivelmente rachado. E a oposição também não consegue se aglutinar em torno de uma só candidatura e continua a fazer intermináveis reuniões, sem resultados práticos. Ou seja: as chances de uma eleição polarizada entre dois candidatos seriam míninas se o pleito fosse realizado hoje.

O grupo de Faiad tem nomes fortes, mas que precisariam de uma coesão para manter a hegemonia. Algo improvável, porque os descontentes já não escondem mais seus sentimentos. José do Patrocínio, João Carlos Brito (João Cabrito), Fábio Capilé e até o ex-presidente da OAB, Ussiel Tavares, atual conselheiro federal, todos do grupo de Faiad, fazem ensaios de candidaturas. Outro nome seria o de José Moreno.

A oposição bate cabeça e tem seus nomes também fortes. Em campanha declarada, Paulo Zamar Taques reuniu cerca de 60 advogados, na semana passada, para discutir uma oposição arrojada ao grupo de Faiad. Timidamente, Francisco Sgaib, conselheiro federal, também estaria disposto a ser testado nas urnas. Contaria hoje com o apoio de Almino Afonso Fernandes, eleito para uma das vagas de conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

João Celestino Correia da Costa Neto é outro que pode empunhar a bandeira da oposição. João Celestino e Paulo Zamar Taques já foram derrotados por Faiad, mas agora pressentem que o racha interno no grupo do atual presidente da Ordem pode ser favorável a qualquer candidatura que consiga aglutinar os descontentes situacionistas e os oposicionistas que não se entendem.