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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Mortos em terremoto passa de 130; existem 250 desaparecidos

Mais de 130 pessoas morreram em decorrência do terremoto desta segunda-feira na cidade de L'Aquila, na Itália, e em localidades vizinhas, de acordo com a Defesa Civil do país. Citando o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, a imprensa italiana divulga números de mortos superiores a 150.


Cerca de 4.000 homens das equipes de resgate vão procurar desaparecidos --que, segundo as agências de notícias, são cerca de 250-- durante toda a noite. Berlusconi decretou estado de emergência e foi à zona do desastre, cancelando uma viagem a Moscou. Mais tarde, ele disse que seu governo estava destinando 30 milhões de euros para assistência imediata às vítimas e afirmou que esperava uma contribuição de centenas de milhões de euros de um fundo especial da União Europeia.

"Esta noite, não voltem para suas casas, isso pode ser perigoso", disse Berlusconi em um pronunciamento pela TV estatal aos habitantes da região mais afetada pelo terremoto.

A maioria dos mortos foi localizada na cidade de L'Aquila, que tem 68 mil habotantes, mas algumas idades menores foram quase totalmente destruídas. Na vila de Onna, com 250 habitantes, ao menos 24 pessoas morreram.

O número de feridos passa de 1.500, dos quais cerca de 60 foram resgatados com vida dos escombros, segundo os bombeiros. Os trabalhos seguem à noite, sob a chuva, em um centro histórico deserto, do qual a maioria dos moradores teve de sair --em todas as ruas do centro houve desabamentos, informam as testemunhas.

O terremoto deixou ao menos 50 mil pessoas desabrigadas e destruiu mais de 10 mil imóveis --incluindo pontos turísticos. "Tem sido um dia longo. Agora que nós sentamos aqui no nosso carro, estamos nos dando conta de tudo", disse a moradora de L'Aquila Piera Colucci enquanto se preparava para dormir em seu carro.

O sismo foi o pior, em número de mortes, dos últimos 29 anos. O maior, antes, era o de 23 de novembro de 1980, que chegou a 6,5 graus na escala Richter e matou 2.735 pessoas. L'Aquila é a capital da região de Abruzzo e fica em um vale cercado pelos Montes Apeninos. O tremor aconteceu às 3h30 desta segunda-feira (22h30 de domingo, em Brasília).

Há divergências sobre a magnitude do terremoto. De acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos, o tremor atingiu 6,3 graus na escala Richter, enquanto o Instituto Nacional de Geofísica da Itália afirma que a magnitude foi de foi 5,8 graus. De acordo com a escala Richter, os tremores entre 5,5 e 6,0 ocasionam pequenos danos em edificações. Entre 6,1 e 6,9 podem causar danos graves em regiões muito populosas.

"Previsão"

Berlusconi desconversou sobre a polêmica criada em torno de um aviso que o governo teria recebido da tragédia. O primeiro-ministro afirmou que irá se "concentrar em conseguir esforços para a população e que depois irá discutir sobre a possibilidade de se prever terremotos".

Nesta segunda-feira, o jornal italiano "Corriere della Sera" informou que o pesquisador Giampaolo Giuliani, do Laboratório Nacional de Gran Sasso, alertou as autoridades italianas há algumas semanas sobre um grande terremoto que atingiria a região italiana de Abruzzo, onde fica L'Aquila, no último dia 29 de março.

Especialistas, porém, negam que seja possível prever um tremor.

Destruição

O terremoto desta segunda-feira deixou cidades "virtualmente destruídas", segundo o porta-voz do Parlamento, Gianfranco Fini. Das cerca de 15 mil edificações destruídas somente em Abruzzo, algumas tinham importância histórica. O centro da cidade, por exemplo, foi interditado. Houve danos também em Roma.


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