Com uma voz serena, e com um discurso emocionado, Paulo Prado deixou o cargo de procurador Geral da Justiça. O promotor Marcelo Ferra foi empossado no cargo na noite desta terça-feira (7) durante solenidade no Centro de Eventos Pantanal.

Prado disse estar com a consciência tranqüila e com a sensação de dever cumprido. “Foram quatro anos difíceis em que foi preciso racionalizar os gastos para poder investir na tecnologia da informação e capacitação dos servidores”, discursou.

Paulo Prado aproveitou para destacar as parcerias com o governo do Estado e disse existir uma relação de respeito, porém com independência. “Marchamos juntos sempre na busca do bem estar da sociedade”, afirmou. Humilde, o procurador pediu perdão aos companheiros de profissão e servidores pelos erros ou possível “grosseria”.

Marcelo Ferra é o primeiro promotor a assumir o cargo de procurador Geral da Justiça, que até então era disputado somente pelos procuradores, mas o Conselho Nacional de Ministério Público entendeu que o posto poderia ser ocupado por promotores. Ele destaca, no entanto, que não há divisão entre ambos e o MP é uno e indivisível.

Ferra foi o mais votado pelos procuradores e promotores na lista tríplice encaminhada ao governador Blairo Maggi, que optou pelo nome do promotor. Em entrevista ao Olhar Direto, ele afirmou que pretende dar continuidade nas ações do Ministério Público, para que o órgão seja coerente, eficiente e atuante em prol da sociedade.

Sobre as críticas que o órgão tem recebido, Ferra defende que o Ministério Público se pauta na legalidade e não em interesses pessoais. “O MPE é um agente político e como todos os outros recebem críticas. (...) Algumas pessoas gostariam que agíssemos em detrimento de causas próprias que muitas vezes não estão embasadas na lei”, explicou.