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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Evo Morales faz greve de fome porque está gordo demais, ironiza oposição

A oposição reagiu à greve de fome anunciada pelo presidente da Bolívia nesta quinta-feira (9) chamando Evo Morales de "gordo".


Morales disse que vai fazer greve de fome até que o Congresso aprove a lei eleitoral necessária para regulamentar as eleições presidenciais do próximo dezembro, em que ele pode ser reeleito até 2015.

"Talvez Morales esteja um pouquinho gordo e sua roupa de US$ 1.500 não serve mais, e por isso faz greve", disse Carlos Dabdoub, alto funcionário de Santa Cruz, bastião da oposição a Morales.

A crítica à suposta gordura de Morales também é uma alusão ao comentário feito recentemente pelo próprio Evo, que disse que seu colega peruano, Alan García, estava "muito gordo".

O ex-presidente Jorge Quiroga disse que a medida de Morales é um "desespero". A deputada oposicionista Lourdes Millares ironizou a aparência presidencial e disse que "é bom" que Morales faça dieta.

Congresso
A greve de fome ocorre no momento em que se trava um forte debate no Congresso, entre governo e oposição, de uma nova lei eleitoral que permita a realização de eleições gerais no fim do ano.

Os principais pontos de divergência entre governo e oposição são o recadastramento de mais de 4 milhões de eleitores(rejeitado pelo governo), as limitações ao voto de bolivianos residentes no exterior e a redução a 14 do número de cadeiras para povos indígenas.

A sessão de quarta-feira transcorreu sob a ameaça dos legisladores do governista Movimento ao Socialismo (MAS) de renunciar a suas cadeiras caso não se chegasse a um acordo com a oposição, o que poderia representar a inabilitação ou até o fechamento do Congresso.

O prazo existe porque a nova Constituição da Bolívia , promulgada em 7 de fevereiro passado, estabelece um período de dois meses, que se completa nesta quinta, para que o Congresso aprove o regime eleitoral que permita convocar eleições gerais.

Atualmente, o partido de Morales conta com maioria suficiente na Câmara dos Deputados, mas não no Senado, que é controlado pela oposição.

Em entrevista, García Linera, pediu às legendas "todo o esforço possível" para aprovar a lei porque, após a meia-noite, o Congresso se encontraria em uma "situação complicada" se não houvesse acordo.

García Linera disse que há setores da oposição, "minoritários", mas com capacidade de bloqueio, que não querem que as eleições aconteçam.

No entanto, passada a hora fixada, o debate continuou tanto no plenário como em uma comissão negociadora que segue tentando o consenso.

O presidente do Congresso, minutos depois da meia-noite, interrompeu brevemente um discurso para dizer que a sessão continuará ininterruptamente "até a aprovação da lei".
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