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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Dengue alerta Cuiabá e provoca medidas emergenciais

Foto: Thalita Araújo/OD

Dengue alerta Cuiabá e provoca medidas emergenciais
O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, reuniu hoje, em caráter de emergência, autoridades, sociedade e demais interessados em debater e contribuir com a questão da dengue do município. A capital vive uma epidemia de casos graves da doença, que já matou três pessoas. A reunião aconteceu no auditório da regional da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB, e contou com a presença de representantes de bairros, líderes comunitários, vereadores, secretários do município e outros.


De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, foram notificados 216 casos da dengue clássica em Cuiabá neste ano, 29 casos com alguma complicação e 31 casos de dengue hemorrágica. Com esses dados, a soma de casos graves é 60, contestando o dado divulgado pelo Governo do Estado nesta semana, de que seria de 90 casos graves em Cuiabá.

As estatísticas da Secretaria apontam, ainda, que cerca de 25% de todos os infectados pela dengue são crianças menores de 10 anos. A faixa etária entre 10 e 19 é a segunda com maior números de casos, correspondendo a 23% do total. As mulheres foram as mais atingidas até agora, representando cerca de 53% dos casos da capital.

Dos bairros, o que apresenta o maior número de casos até agora é o Pedra 90, com 58. O Cidade Alta vem em segundo lugar, com 45, e, em terceiro, o Goiabeiras, com 34 casos. Logo em seguida, vem o bairro Jardim Cuiabá, o que denuncia uma preocupação maior com o lado oeste da cidade, que tem concentrado o maior número dos casos (Cidade Alta e Goiabeiras fazem parte dessa região). Em relação aos casos da dengue hemorrágica, o bairro Cidade Alta fica no topo da lista, com cinco casos.

“Fizemos essa reunião para organizarmos nesta reta final do período chuvoso uma ação mais firme contra a dengue, que tem trazido muita dor e sofrimento”, disse Wilson Santos. Ele revelou que teve duas surpresas em relação à dengue este ano. A primeira quanto à redução de cerca de 60% dos casos comuns da doença. E, a segunda, quanto ao aumento de mais de 600% da versão hemorrágica.

O prefeito revelou-se bastante preocupado com a epidemia na cidade e pediu a ajuda de todos, por meio de sugestões e trabalho, para combater o mosquito. Santos também fez um apelo para que a população conscientize-se do seu papel nesta batalha, e cuide de suas casas e seus terrenos, eliminando possíveis focos do mosquito.

Um dos problemas enfrentados pela fiscalização do município é a resistência de muitas pessoas à entrada de fiscais em suas casas, e também as propriedades fechadas. Wilson disse que ontem a prefeitura conseguiu decisão judicial para invadir casas nas quais o acesso foi proibido. Os fiscais poderão pular cercas, quebrar correntes, abrir cadeados, mas apenas durante o dia e nos quintais. Caso o dono do local apareça e não permita a entrada, os fiscais terão que ir embora, mesmo com a decisão judicial.

As sugestões dos presentes foram desde questões técnicas a idéias de educação e conscientização. Uma das mais notáveis, e que será colocada em prática o quanto antes, foi trazida pelo 44º Batalhão de Infantaria Motorizada. O sargento Santos apresentou a todos uma ferramenta que construiu, a partir de um modelo que encontrou por meio de pesquisas. A “armadilha” para o mosquito é feita com uma garrafa pet de dois litros, um pedaço de microtule, uma lixa e fita isolante.Animado com a armadilha, Santos ordenou que ainda hoje fossem comprados os materiais para a confecção de pelo menos 5 mil unidades até a próxima semana.

O vereador Lúdio Cabral (PT), que também é médico, sugeriu que os horários de atendimento das unidades básicas de saúde sejam estendidos para melhor atender aos pacientes com dengue, e que sejam providenciados aparelhos para medir pressão de crianças, para que seja feita a “prova do laço” em todas as que apareçam com algum sintoma da doença. A “prova do laço” é um exame bastante simples, rápido, feito na hora e que, muitas vezes, é a única maneira de diagnosticar a dengue hemorrágica em princípio.

Um momento emocionante da reunião foi quando Melquisedeques de Almeida Santos falou aos presentes. Ele é pai de Ana Laura, a menina de 7 anos que morreu na semana passada de dengue hemorrágica. Melqui contou como a doença foi diagnosticada e como foram os últimos dias da menina. Bastante emocionado, ele pediu para todos que fiquem atentos à dengue, e cobrou mais ações da prefeitura municipal.

Todas as sugestões dadas pelos presente foram discutidas, ponderadas e anotadas por Wilson Santos. A próxima ação será uma reunião entre o prefeito e a União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros, UCAMB, no sábado, às 16 horas, na sede da regional sul.
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