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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Revolta

Crise na saúde causa protesto de moradores de Alto Garças

Mortes, falta de médicos e de hospital estão causando revolta por parte da população do município de Alto Garças (365 km ao sul de Cuiabá). Pelo menos cem pessoas saíram pelas ruas da cidade na última quinta-feira, protestando contra a funcionamento dos serviços de saúde.

Foto: Divulgação

Protestantes em Alto Garças

Protestantes em Alto Garças

Mortes, falta de médicos e de hospital estão causando revolta por parte da população do município de Alto Garças (365 km ao sul de Cuiabá). Pelo menos cem pessoas saíram pelas ruas da cidade na última quinta-feira, protestando contra a funcionamento dos serviços de saúde. A não retomada das obras do hospital municipal, a falta de secretário de Saúde e a ausência de médicos nos PSF’s são os principais motivos.


Os manifestantes querem que o prefeito, Roland Trentini (DEM), retome de imediato as obras do hospital local, uma vez que já existe verba alocada pelo Ministério da Integração Nacional e União no valor de R$ 668 mil através de emenda do deputado federal do Paraná, Odílio Balbinott. O convênio foi celebrado na gestão anterior a Trentini, mas não pôde ser utilizado devido ao período eleitoral. Trentini que já foi prefeito de Alto Garças entre 1996 a 2004 foi responsável pelo fechamento do único hospital da cidade nos últimos meses da sua gestão, segundo os manifestantes. A Sociedade Hospitalar Cristo Redendor funcionava há 40 anos. Ele exigiu do governo a construção de um novo prédio. Contudo tão logo as obras começaram, em agosto de 2004, suspendeu os repasses de recursos ao antigo hospital, levando ao seu fechamento. Com a crise do agronegócio durante os anos de 2005, 2006 e parte de 2007, a obra teve poucos avanços e agora recai a Trentini a responsabilidade pela conclusão, porém com mais sorte, já que o dinheiro já existe.

Os manifestantes saíram do ponto onde há uma estátua de São Sebastião, Padroeiro da cidade, ao lado da BR 364, desceram pela principal avenida com cartazes e palavras de ordem e se concentraram em frente à prefeitura onde os cartazes foram afixados na porta, por não haver expediente hoje. Foi exigida a presença de Trentini. Em sua defesa apareceu seu compadre, Ivo Ruaro que tentou fazer a defesa.

Agravante

Na última sexta-feira, a 30 km de Alto Garças, em um acidente envolvendo uma Kombi da prefeitura, morreram as jovens Jéssica Teixeira, de 17 anos, e Valcilene Mariana de Souza, de 20 – esta levava consigo um filho de um ano que está internado em Alto Araguaia. As vítimas, incluindo outras sete pessoas feridas, retornavam de Rondonópolis após atendimento no hospital regional. A revolta é que o prefeito Roland Trentini cancelou o contrato com um micro-ônibus que realizava o transporte e era regulamentado pelo Dnit, oferecia conforto e principalmente segurança, ao contrário da frágil Kombi.

Os manifestantes fizeram um abaixo assinado que será entregue na semana que vem ao promotor público Wdison Luiz Franco Mendes. No documento pedem que o órgão investigue a responsabilidade pelo acidente com a Kombi da prefeitura, a legalização do veículo, a capacitação do condutor, a falta de itens de segurança e se o veículo estava regulamentado pelo Dnit para o transporte de passageiros em rodovias, além da questão com indenização aos parentes dos mortos e dos feridos. Requerem ainda que a atual administração seja notificada a retomar as obras do hospital, uma vez que os recursos já estão disponíveis.
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