A Justiça francesa abriu nesta sexta-feira uma investigação preliminar a partir da denúncia por tentativa de violação contra o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ex-ministro Dominique Strauss-Kahn, apresentada pela jornalista e escritora Tristane Banon.

Fontes judiciais indicaram que a promotoria de Paris iniciou esse procedimento e encarregou a investigação aos agentes da Brigada de Repressão da Delinquência contra a Pessoa.

Trata-se de comprovar as alegações de Banon, que na terça-feira passada interpôs um processo contra Strauss-Kahn na qual afirma que o político tinha tentado violá-la em 2003 quando o entrevistou para preparar um livro.

A jovem, de 32 anos, e cuja família tem vínculos políticos com o líder socialista, já tinha dado seu relato dos fatos em entrevista à televisão francesa em 2007, mas não tinha formalizado uma denúncia perante a justiça por conselho de sua mãe, segundo assegurou.

Banon afirmou na terça-feira que tinha decidido dar este passo para "acabar com este inferno de oito anos" e porque não quer escutar mais que é "uma mentirosa" pelo fato de não ter tramitado antes o processo.

Após a suposta agressão sexual de Strauss-Kahn a uma camareira do hotel Sofitel de Nova York no dia 14 de maio, o caso voltou à tona, mas a jornalista optou por não levá-lo aos tribunais após argumentar que não queria que influenciasse no processo aberto nos Estados Unidos contra o então diretor-gerente do FMI.