Além da fé cristã, o feriadão de Páscoa tem outra conotação: a de comer muito chocolate. Esse alimento, dito “irresistível” e “viciante” por muitas pessoas, invade os lares neste dia. E é difícil imaginar um domingo de Páscoa sem ele. Porém, é necessário manter o equilíbrio e não se render à gula, ou a saúde e o peso podem ficar comprometidos.
O chocolate é um alimento nutritivo sim! Contém vitaminas e sais minerais, além de alto teor de flavonóides - antioxidantes que podem ajudar a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares - e de substâncias precursoras da serotonina - responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Muito energético devido ao seu alto índice de carboidratos e gorduras, o chocolate apresenta taxa de proteínas bastante apreciável. Um único tablete de 100 gramas corresponde a 6 ovos ou 3 copos de leite ou 220 gramas de pão branco ou 750 gramas de peixe ou, ainda, a 450 gramas de carne bovina.
O índice de calorias em relação a outros alimentos não é tão grande como se imagina: enquanto uma barra de chocolate de 30 gramas contém 155 calorias, uma batata doce pequena, por exemplo, contém 314.
A teobromina, substância existente no cacau, oferece estímulos para o sistema neuromuscular, favorecendo as funções renais, cardíacas e aliviando o cansaço intelectual. Alguns estudos, não conclusivos, dizem que os antioxidantes presentes no chocolate amargo combatem os radicais livres, retardando, assim, o envelhecimento, e ajudam a diminuir os níveis de LDL (o mau colesterol) no sangue.
Ainda com essas boas notícias sobre a guloseima, ela deve ser consumida com moderação, por ser altamente calórica. O chocolate ao leite e o branco são os menos recomendados, devido às gorduras saturadas presentes no leite. Portanto, a opção mais agradável à saúde é o amargo.
Sobre a quantidade a ser consumida, a Organização Mundial de Saúde não recomenda o consumo de nenhum tipo de doce, mas, para quem não resiste, o importante é ficar próximo do limite diário de 50 gramas, em função dos altos teores de açúcar e gordura. Comer muito chocolate de uma vez pode causar diarréia.
E aquela história de que chocolate ajuda a evitar o estresse? Não é um mito, é verdade. Ele contém substâncias que estimulam a produção de serotonina, um neurotransmissor que ajuda a combater a depressão e a ansiedade, além de estimular os centros de prazer e de bem-estar. Além disso, favorece a liberação de endorfinas e encefalinas, que produzem o prazer. Motivo esse que o faz ser chamado de afrodisíaco também.
A perfeita composição
Os três tipos de chocolate diferenciam-se pelas diferentes composições. O amargo é feito de massa de cacau (resultado da trituração das favas), manteiga de cacau, açúcar e lecitina de soja (estabilizante usado para tornar a mistura homogênea). O ao leite recebe, alem de tudo, leite em pó à composição. E, o branco, tem manteiga de cacau, açúcar, lecitina de soja e leite em pó.
As saborosas cifras
Além de saber como o chocolate alimenta o corpo, é interessante lembrar como ele alimenta a economia brasileira. Segundo dados de 2007 da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e Derivados, ABICAB, o faturamento do setor foi de R$ 10,4 bilhões, sendo que só o chocolate foi responsável por R$ 7,2 bilhões. As exportações geraram US$ 300 milhões, com uma venda total de 158 mil toneladas, para 142 países de todo o mundo. Os 10 maiores compradores são: Estado s Unidos, Argentina, Paraguai, África do Sul, Canadá, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Angola e Chile.
A região da América do Sul possui uma participação de 33% do total gerado de exportação brasileira em 2007, sendo a maior região compradora.
Fonte: ABICAB
