Todas as pessoas desaparecidas pelos desabamentos causados pelo terremoto na Itália já foram encontradas, a maioria sem vida. Segundo os bombeiros, as buscas por corpos foram interrompidas, mas não se descarta a hipóteses de algum sobrevivente ser encontrado com vida na retirada dos escombros.

O número de mortos pelo terremoto de 5,8 graus que sacudiu a região central de Abruzzo, e especialmente a capital, L'Aquila, é de 294. Neste sábado foram recuperados os corpos de duas mulheres, uma idosa e outra de 44 anos, e o de um jovem de 17 anos, filho desta.

Nos escombros também foram recuperadas com vida um total de 150 pessoas. A última pessoa encontrada foi Eleonora Calesini, na quarta-feira passada, após 42 horas soterrada.

A promotoria de L'Aquila comemeçou a investigar a qualidade das construções em virtude do grande número de desabamentos. Já foram investigados os escombros na Casa do Estudante, onde morreram oito jovens, e o Hospital de San Salvador.

Segundo publicou neste domingo o jornal Corriere della Sera as suspeitas sobre anomalias nas construções tornaram-se realidade e os peritos nomeados pelo promotor descobriram que os pilares foram fabricados com uma quantidade de ferro menor que a determinada pela normativa e por isso que não resistiram ao tremor de 5,8 graus da madrugada do dia 6.

Segundo os peritos, se as regras antissísmicas tivessem sido respeitadas o número de prédios derrubados teria sido menor, assim como o de falecidos.

Enquanto as investigações prosseguem e os desabrigados se preparavam para celebrar a Páscoa, a terra voltou a tremer neste domingo com uma nova réplica (série de tremores que acontecem depois de um grande terremoto) de 3,1 graus na escala Richter.

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, voltará neste domingo a L'Aquila para passar a Páscoa com os desabrigados, uma das festas mais comemoradas entre os italianos.