“Ousado e vultuoso”. É como classificou o secretário-chefe da Casa Civil, tenente-coronel Eumar Novacki, os novos residenciais através do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo Federal, em parceria com o Estado. Serão 18 mil novas moradias, sendo três projetos arquitetônicos que prometem mudar o conceito de moradia popular.
O governo do Estado lançou na tarde desta sexta-feira (24) o residencial João Paulo II, que será um conjunto de prédios com 3 mil apartamentos variados entre 50 a 70 metros quadrados, que ficarão em um condomínio com toda infraestrutura necessária, além de área de lazer, escolas e postos de saúde nas proximidades.
O condomínio na vertical ficará localizado em frente ao clube Sesi Park, no bairro Morada do Ouro, a 15 minutos do shopping Pantanal. “A idéia do governo é fazer esse conjunto habitacional numa área bem localizada. É lógico que será para uma clientela entre 5 a 10 salários mínimos e também ela terá o condomínio, que será uma despesa extra mensal”, informou o secretário de infraestrutura, Vilceu Marchetti.
O segundo condomínio terá 3 mil casas e ficará localizado na região do Coxipó, atrás da Estância 21. O Estado já prometeu também a construção de uma avenida que ligará a rodovia Palmiro Paes de Barros à Avenida Fernando Corrêa para facilitar o acesso dos moradores. A área total do residencial será de 180 hectares.
As casas terão em torno de 32 metros quadrados e custarão o valor de R$ 39 mil. As residências são voltadas para famílias de baixa renda, com até 3 salários mínimos.
O terceiro projeto será o maior já existente em todo o Estado. Serão construídas 11 mil casas na região da lagoa Trevisan. O residencial também será voltado para o público com renda de até 3 salários mínimos e representa mais do que os residenciais da Morada da Serra que reúne 10 mil moradias.
O Estado promete dar toda infraestrutura necessária e o condomínio também terá áreas de lazer com lagoas. “É um novo conceito de moradia para as pessoas de baixa renda”, enfatizou Marchetti.
Eumar Novacki enfatizou ainda que o investimento neste setor da construção civil funciona como “um remédio para a crise”. “Investir em casa, além de resgatar a dignidade daquelas pessoas que não tem casa própria, aquece a economia do estado e gera emprego”, afirmou em entrevista coletiva.
O programa tem como principal objetivo reduzir o déficit habitacional no Estado que hoje chega a 120 mil. O governo do Estado até 2008 havia entregue mais de 45 mil casas e tem como meta até 2010 ultrapassar 17 mil. Com o apoio do governo Federal, agora serão mais 18 mil residências. Novacki afirmou ainda que a determinação do governador Blairo Maggi é construir casas em todos os 141 municípios.
