Os interesses políticos configuram parte da grande problemática relacionada ao Programa de Aceleração do Crescimento, PAC, em Cuiabá, segundo o prefeito Wilson Santos (PSDB). “Espero que, agora, com a intervenção da Assembleia, nós possamos encerrar o ‘bla bla bla’ e acelerar as obras. Quem perde com o falatório e a confusão toda é a população”, afirma Santos.
O prefeito e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PP) passaram parte da manhã deste sábado visitando obras do Programa de Aceleração do Crescimento, PAC, na capital. Além de visitar obras em estações de tratamento de água e esgoto, ambos conversaram sobre toda a polêmica na qual o programa tem sido envolvido em Cuiabá.
Wilson também fala que o PAC foi politizado o tempo todo. “Chega de conversa, chega de acusações”, diz. “Está tudo funcionando, todos os sete lotes estão em andamento. A ETA Tijucal já tem 93% da obra concluída. Está andando e está na média nacional”, afirma o tucano.
Neste mês de maio será realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir os investimentos do PAC em Mato Grosso. O prefeito Wilson Santos diz que vai encaminhar para a audiência uma coletânea de matérias de outros estados mostrando que o PAC está sendo realizado de maneira semelhante em todos os lugares.
Wilson analisa positivamente a intervenção da Assembleia. “A prefeitura fala, é suspeita de falar. O Estado fala, é suspeito. Aí vem um poder, autônomo e independente, como a Assembleia, que tem todas as condições de ser o grande árbitro dessa questão e ajudar na conciliação, que é o que a prefeitura quer”, explica. Ele ainda sugeriu a Riva, durante a visita às obras, que crie, após a audiência, uma comissão parlamentar especial para acompanhar todas as obras do programa na capital.
O deputado Riva fez uma boa análise do passeio por algumas das obras. Ele conta que conhecia apenas superficialmente algumas das obras e na ocasião é que estava vendo de perto, conhecendo detalhes. “Quero conhecer tudo porque a audiência pública tem o propósito de checar o estado em que está o PAC e, se tem algum problema, conhecer também. Até pra gente acabar com esse ‘disse-que-disse’, que é muito ruim e atrapalha muito”, afirma Riva.
Questionado sobre as supostas intenções do governo estadual em tomar as obras da prefeitura, o deputado diz que isso não seria viável. “Eu, sinceramente, nunca vi nem um pouco de possibilidade nisso, até porque teria que retomar todo um procedimento que já está pronto, atrasar mais, o que não faz sentido”, explica.
