A Senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) lamentou a morte do deputado federal Clodovil Hernandes nesta terça-feira (17-03), quando foi anunciada a morte cerebral do parlamentar pela equipe médica do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. “Ele era uma pessoa muito querida e por quem nutri grande admiração. Fará muita falta a todos nós brasileiros e brasileiras, que nos acostumamos com suas tiradas inteligentes e ponderações polêmicas, mas que, acima de tudo, sempre lutou por um Brasil melhor.”

A Senadora esteve com Clodovil na última quarta-feira (11-03), quando tentava aprovar o projeto de autoria do parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal. A matéria trata da possibilidade de enteados ou enteadas adotarem o nome de família do padrasto ou da madrasta. Serys é a relatora da matéria, que deverá ser votada nesta quarta-feira (18-03) em homenagem á memória de Clodovil.

Biografia

Nascido em 17 de junho de 1937, em Elisário, cidade a 402 km de São Paulo, Clodovil foi adotado por um casal de origem espanhola, Domingos Hernandes e Izabel Sanches Hernandes. Não conheceu seus pais verdadeiros e estudou em colégio interno. Homossexual assumido, não casou e nem teve filhos.

Estilista de alta costura, ator, cantor, apresentador de TV e professor primário, Clodovil iniciou a carreira política quando se filiou ao PTC, em 2005. Em 2006, foi eleito deputado federal com 493.951 votos, terceira maior votação do estado de São Paulo. Seu mandato iria até 2011.

Antes de ingressar na política, Clodovil foi professor primário, fez teatro, construiu longa carreira na televisão e foi estilista de sucesso.

Um de seus primeiros trabalhos na televisão foi no início da década de 80, quando apresentou o "TV Mulher", da TV Globo, voltado para o público feminino. Na época, dava dicas de moda e desenhava modelos ao vivo. Ele dividiu o cenário com a jornalista Marília Gabriela e com a sexóloga Marta Suplicy, que também ainda não tinha entrado para a política.